PCP-Açores sai em defesa dos trabalhadores do Teatro Micaelense
Diário dos Açores

PCP-Açores sai em defesa dos trabalhadores do Teatro Micaelense

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O PCP dos Açores manifestou a sua “especial indignação” por aquilo que considera “a incúria, a indiferença e a irresponsabilidade que o governo demonstra em relação ao Teatro Micaelense, ex-libris de Ponta Delgada, casa de memórias e de identidade, na senda de um desinvestimento que nos últimos anos nunca parou de se acentuar”.
 Em nota enviada ao nosso jornal, os comunistas açorianos dizem que “depois da intervenção de 2004, graças à qual foi recuperado para bem da cidade e da Região um edifício valioso, com inúmeras possibilidades de utilização, iniciou-se, passados poucos anos desse grande investimento, um percurso de progressivo esquecimento daquele que deveria e poderia um dos principais lugares de agregação social da ilha, bem como um dos seus cartões de visita”.
E acrescentam: “ A própria manutenção foi descurada, estando hoje partes do edifício novamente necessitadas de obras. O aspeto impecável do teatro, nas partes acessíveis ao público, apenas se deve ao esforço e à dedicação dos trabalhadores, que também têm mantido uma postura de enorme profissionalismo para com o público, os artistas e os utentes em geral do Teatro Micaelense (que também funciona como centro de congressos e unidade educativa), não deixando transparecer, durante anos seguidos, a frustração e o cansaço que vinham acumulando.  Depois de longas e infrutíferas tentativas de chamar à razão a tutela, vieram agora publicamente exigir o que lhes é devido (e é devido, de alguma forma, a todos nós)”.
De acordo com o PCP, “os trabalhadores o Teatro Micaelense enfrentam uma realidade insustentável: a verba prevista para 2023, de 650 mil Euros, nem chega sequer para assegurar a gestão corrente do teatro, se nela incluirmos a parca massa salarial dos seus vinte funcionários, tanto menos para organizar e gerir a oferta cultural que constitui a sua missão”.
Adianta ainda a nota que “o tratamento salarial destes funcionários, alguns dos quais ali trabalham desde o período anterior à reabilitação do edifício, e mesmo daqueles que desempenham tarefas altamente especializadas e exigentes, em horários fortemente penalizadores das suas vidas pessoais, não nos pode deixar indiferentes. Não só têm salários extremamente baixos, mas não lhes é reconhecida nenhuma progressão na carreira, faltando um acordo de empresa que salvaguarde os direitos dos trabalhadores nos seus diversos aspetos. Estando enquadrados no sector publico empresarial regional (SPER), não são considerados funcionários públicos em termos de retribuição: no entanto, sofreram todos os cortes aplicados à função pública”.

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