Bolieiro confirma demissões no HDES
Diário dos Açores

Bolieiro confirma demissões no HDES

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O Presidente do Governo dos Açores confirmou a demissão dos 10 chefes do Serviço de Urgência do hospital de Ponta Delgada, mas garantiu que “as escalas de urgências dos três hospitais” estão asseguradas na próxima semana.
Numa conferência de imprensa no Palácio de Sant’ Ana, sede da presidência do Governo Regional, José Manuel Bolieiro revelou que foi aberto um “protocolo negocial” com os sindicatos médicos devido às reivindicações dos profissionais, nomeadamente quanto a horas extraordinárias, e acrescentou que os conselhos de administração dos três hospitais da rRegião (Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo) garantiram que as escalas de urgência “da primeira semana de Dezembro estão asseguradas”.
“Os chefes de Serviço de Urgência [do hospital de Ponta Delgada] estavam, até ontem, sem conhecer a situação [início de um protocolo negocial e escalas de urgência asseguradas]. Ficariam responsáveis por algum vazio [nas escalas]. Tenho esperança de que naturalmente ficam confortados, até pelo seu sentido de responsabilidade já demonstrado, quando se verificar que a escala não está em branco”, afirmou José Manuel Bolieiro, chefe do Executivo.
Quanto ao protocolo negocial aberto na Terça-feira numa reunião entre o Presidente do Executivo e os sindicatos, Bolieiro explicou que será “abrangente”, envolvendo várias questões, e adiantou que a primeira ronda negocial está marcada para Quarta-feira, 7 de Dezembro, às 10h30, na ilha Terceira, no gabinete do Secretário Regional da Saúde, e já deverá servir para definir “calendário e temáticas”.
“Vamos trabalhar em conjunto para resolver os problemas para todo o mês”, acrescentou.
Explicando que a elaboração das escalas é “uma responsabilidade dos conselhos de administração”, o chefe do executivo adiantou ainda que, “perante escassez de recursos [no Serviço Regional de Saúde], houve um recurso [de profissionais] ao exterior, nomeadamente a tarefeiros”, para assegurar a escala da próxima semana.
“O aumento de recursos não se faz num estalar de dedos”, salientou, justificando que a “densidade de problemas”, nomeadamente de “falta de médicos”, é de “largos anos”.
Questionado sobre um alegado “mau ambiente” provocado pelo actual Conselho de Administração do HDES junto dos seus profissionais, José Manuel Bolieiro disse ser “verdade que, por ausência do diálogo, tem havido dificuldades de relacionamento”.
Quanto a uma eventual demissão do Conselho de Administração, o presidente do Governo preferiu “valorizar as soluções para o entendimento”.
Sobre o pedido de desculpas do vice-presidente do Governo, Bolieiro recusou “tapar o sol com a peneira”.
“Ficou esclarecido que não havia, que não houve intenção do vice-presidente de ofender os médicos”, disse.

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