Pico lança o primeiro espumante certificado com Denominação de Origem Controlada
Diário dos Açores

Pico lança o primeiro espumante certificado com Denominação de Origem Controlada

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A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (CVIP) acaba de lançar o primeiro espumante certificado com Denominação de Origem Controlada (DOC).
O vinho base para este espumante foi feito exclusivamente com a casta Terrantez do Pico e fermentou em depósito de inox.
A segunda fermentação foi em garrafa pelo método clássico a 14 graus  centígrados Degorgement feito em Dezembro de 2019.
Nas notas de prova, apresenta-se com bolha muito fina e persistente.
É um espumante que não consegue esconder a sua origem. As notas de algas do mar, iodo e maresia confundem-se com alguma panificação resultante do estágio com as leveduras livres durante 3 anos em garrafa.
Na boca a bolha é muito elegante, equilibrando e envolvendo a acidez natural refrescante que o vinho tem. Acaba longo e com uma sensação inconfundivelmente salgada.
O enólogo foi Bernardo Cabral e foram produzidas 1.300 garrafas.
Losménio Goulart, Presidente da CVIP, afirma ao jornal picoense Ilha Maior que este vinho insere-se na estratégia da Cooperativa, colocando-a na vanguarda de diversificação de produtos: “Pela primeira vez temos no Pico um espumante certificado. O nosso sucesso passa pela diversificação de produtos, não em grandes quantidades, mas com opções diferentes que surpreendam e proporcionem um retorno financeiro mais interessante. A nossa aposta tem de se manter nestas vinificações específicas para apresentar produtos diferentes a um consumidor que gosta de vinhos únicos, sem descurar as nossas marcas de referência e de elevada qualidade, que nos proporcionam maiores vendas”.
Além do espumante foi lançado na passada semana o vinho branco (A)parecido que resulta da vindima de Arinto na Criação Velha em 2017.
Na altura da vinificação a CVIP estava a iniciar um novo trabalho com o enólogo Bernardo Cabral e para que percebesse a ilha e a diversidade das castas, bem como a diferença entre as diversas origens, procedeu-se ao engarrafamento de um dos lotes produzidos.
Segundo o Ilha Maior, passados cinco anos, o vinho evoluiu de uma forma “surpreendente”, segundo Losménio Goulart, e foi agora colocado no mercado revelando uma grande complexidade e frescura, onde a fruta cítrica e araçá estão envolvidas num perfil que se vai mostrando em diferentes camadas tais como nozes, mineralidade, algas, iodo ou ainda pólvora. Na prova de boca surpreende pela vivacidade e profundidade, terminando muito longo e salgado.
Para encerrar o lote de novidades, a CVIP apresentou uma nova versão do tinto Terras de Lava Reserva desenhado a partir das castas de Merlot e Cabernet colhidas na vindima de 2020.
O vinho estagiou em barricas de carvalho português e francês durante 12 meses, e no entender de Losménio Goulart, dá continuidade ao “sucesso” dos vinhos reserva da CVIP.

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