Açores continuam a ter o maior número médio de filhos por casal
Diário dos Açores

Açores continuam a ter o maior número médio de filhos por casal

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Apesar de, na última década, a Região Autónoma dos Açores tenha sido a região onde se registou o maior decréscimo no número médio de filhos por casal, ainda continua a ser a que regista o maior número médio de filhos (1,61), revelou ontem o INE.
O número médio de filhos por núcleo familiar de casais com filhos baixou nas regiões NUTS II Norte, Centro e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e aumentou na Área Metropolitana de Lisboa, no Alentejo e no Algarve.
O número médio de filhos por casal também se diferencia consoante o tipo de relação conjugal, sendo superior entre os núcleos familiares onde existe uma relação de cônjuges.

As diferenças nos casais

Apesar de ao nível nacional não se verificar uma diferença expressiva no número médio de filhos entre casais de direito (1,54) e casais de facto (1,53), regionalmente há diferenças a assinalar.
 Na maioria das regiões, o número médio de filhos por núcleo familiar é superior entre os casais de direito.
A excepção ocorre no Alentejo, onde o número médio de filhos por núcleo familiar é superior entre os casais de facto.
Na maioria dos núcleos familiares de casais com filhos, ambos os membros do casal estavam empregados (60,4%).

Casais sem crianças com menos emprego

Esta proporção baixa para 47,6% nos núcleos familiares de casais sem crianças (núcleos familiares em que todos os filhos tinham 15 ou mais anos).
O número médio de filhos por núcleo familiar de casais com filhos está associado à condição perante o trabalho dos membros do casal, passando de 1,58 filhos, em média, quando ambos os pais estão empregados, para 1,35 filhos numa situação em que estão ambos desempregados ou inactivos.
O mesmo se conclui relativamente ao número médio de crianças: 0,88 crianças, em média, por núcleo familiar de casais empregados e 0,32 crianças por núcleo de casais desempregados ou inactivos.
No que respeita ao nível de escolaridade dos casais com filhos, o mais comum são núcleos familiares em que os cônjuges/parceiros têm nível de escolaridade até ao ensino básico (37,9%).

Casais com maior nível de escolaridade têm mais filhos

Porém, casais com nível de escolaridade superior têm, em média, um maior número de filhos no núcleo.
Núcleos familiares de casais com filhos em que um dos cônjuges/parceiros tem nível de escolaridade até ao básico e o outro tem nível de escolaridade superior são os tipos de núcleos menos comuns em Portugal, representado 5,1% dos núcleos familiares de casais com filhos.
No entanto, o número médio de filhos (1,53) ou de crianças (0,86) é superior ao apurado para os núcleos em que os casais têm nível de escolaridade até ao básico (1,48 filhos e 0,44 crianças, em média).
Os resultados dos Censos 2021 mostram que o número médio de filhos (ou de crianças) por núcleo familiar de casais com filhos aumenta para casais com níveis de escolaridade mais elevados.
Se um dos cônjuges/parceiros tem um nível de escolaridade mais elevado do que o outro, a tendência é de elevar o número de filhos no núcleo.
No limite, quando ambos os membros do casal têm nível de escolaridade superior, o número médio de filhos e de crianças no núcleo atinge valores máximos: 1,67 filhos e 1,12 crianças por núcleo.

Estrutura etária dos casais tem influência

No outro extremo, como referido anteriormente, quando ambos os cônjuges/parceiros têm ensino básico, o número de filhos e de crianças atingem os valores mínimos, de 1,48 e 0,44, respectivamente. Para estes resultados poderão ter contribuído, entre outros factores, a estrutura etária dos casais com filhos.
A tendência de aumento do número médio de filhos por casal em linha com o aumento do nível de escolaridade dos membros do casal diferencia-se do padrão verificado em 2011.
Apesar de o número médio de filhos por casal também ser superior em núcleos em que ambos os membros do casal tinham nível de escolaridade superior (1,65 filhos), em 2011, esse número médio não atingia valores mínimos entre os casais com níveis de escolaridade até ao básico (1,55).
Pelo contrário, os resultados dos Censos 2011 mostram que o número médio de filhos era mais elevado nos extremos das combinações do nível de escolaridade dos casais – ambos com nível de escolaridade superior e ambos com nível de escolaridade até ao básico – e atingia o valor mínimo em núcleos em que os cônjuges/parceiros tinham nível de escolaridade secundário (1,50).

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