Diário dos Açores

Barbárie

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Postal da vila

A invasão, em Brasília, dos centros de poder federal foi uma fotocópia, latino-americana, da invasão do Capitólio, em Washington DC. Com os mesmos ingredientes, capitaneados por dois facínoras de idêntico calibre: Trump e Bolsonaro – dois protofascistas.
O populismo, no seu melhor. Um populismo de negação que fala em liberdade e justiça e que, simultaneamente, põe em causa a democracia – único sistema conhecido que assegura a liberdade. Cultivando um sistema de crenças, inteiramenteradical e paranóico.
Não foi por acaso que Bolsonaro fugiu para o “regaço” de Trump, imitando-o, até, na falta à tomada de posse do novo presidente. Um guião imaginado porSteve Bannon, outro profascista e o grande ideólogo de Donald Trump. Um gangue político que tem vindo a abalar as duas grandes Américas.
Gente para a qual terá de haver tolerância zero e mão muito dura. Gente que, chegando ao poder, tenta reeditar o caminho de Hitler que, justamente, aproveitou a brandura da democracia para a subverter. Tentando criar uma “nova” versão das massas hitlerianas: acríticas e fanáticas.
Esta é a barbárie dos nossos dias e que, embora em figurino diferente, nos poderá vir a atingir. Cerrar fileiras em torno da democracia e da liberdade é, por conseguinte, o dever de todos nós. Sobretudo quando caminhamos, a passos largos, para o meio século do 25 de Abril.

António Simas Santos  *

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