Drones das Forças Armadas nos Açores poderão apoiar emergências civis
Diário dos Açores

Drones das Forças Armadas nos Açores poderão apoiar emergências civis

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Os Comandos Operacionais dos Açores (COA) e da Madeira (COM) criaram, em 2022, Núcleos de Iniciação, Operação e Experimentação de Sistemas de Aeronaves Não-Tripuladas, também designados por drones, que poderão realizar operações de apoio militar a emergências civis, como já aconteceu, bem como a projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I) em curso.
Num artigo publicado no Observador, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, explica a natureza da iniciativa e toda a respectiva organização.

Lista de tarefas

Na lista de tarefas, consta, nomeadamente: Planear as missões, reais e de treino, a executar com o apoio de drones; Garantir as necessidades logísticas da operação de drones, incluindo a gestão dos ciclos de manutenção das aeronaves; Promover a integração de drones Classe-I MINI (peso máximo à descolagem inferior a 15 kg) no apoio às operações militares, incluindo exercitar e testar as capacidades deste tipo de aeronaves; Planear e coordenar a utilização de sistemas mais robustos na respetiva Região Autónoma, como é o caso de drones Classe-I pequeno (peso máximo à descolagem entre 15 kg e 150 kg); Promover o aprontamento das equipas conjuntas de operadores de drones, incluindo a qualificação e os mecanismos de obtenção das licenças de operação junto das entidades competentes; Apoiar a realização de projetos de ID&I, em coordenação com as entidades parceiras.
Os meios humanos e materiais disponíveis, atualmente, em cada Módulo Conjunto de Operação do COA e do COM integram operadores dos três ramos das Forças Armadas e drones Classe-I MINI do tipo MAVIC e MATRICE.
Prevê-se que, no último trimestre de 2023, quando for atingida a capacidade operacional final, os Núcleos de DRONES das Regiões Autónomas fiquem aptos a realizar ações aéreas a partir de duas ilhas em simultâneo.

Segurança de Voo e Planeamento Operacional
 
O Chefe do Núcleo de DRONES é apoiado pela área de Segurança de Voo, que trata da sensibilização e da aplicação das normas de segurança, e pela área de Uniformização e Avaliação, que elabora procedimentos de âmbito operacional e de manutenção, e gere os respetivos programas de qualificação e de simulação.
A área de Planeamento Operacional efetua a programação das atividades, onde se inclui o treino e a realização de exercícios, promovendo a coordenação de ações com outros tipos de drones, utilizados por entidades parceiras.

Fase inicial nos Açores

Segundo o Almirante Silva Ribeiro, atualmente, o Núcleo de drones dos Açores está numa fase inicial de edificação das suas capacidades.
As missões de treino têm sido realizadas com drones cedidos pelo COM, enquanto as operações reais têm ocorrido com o apoio da Marinha.
Destas, destaca-se a colaboração com as autoridades civis, integrada na operação GAIA, em resposta à crise sismovulcânica que se verificou, recentemente, na Ilha de São Jorge.
Prevê-se que o Núcleo do COA seja dotado com drones MAVIC em fevereiro e com drones MATRICE em março do corrente ano.
Para reforçar, entre outras ações, a efetividade operacional dos drones nos Açores, foi inaugurado, em julho de 2022, o novo Centro de Operações do COA que, ao disponibilizar novos sistemas de informação, otimiza as comunicações entre estruturas de comando militar e a proteção civil.
Poderá, também, incrementar as oportunidades para o desenvolvimento de projetos de ID&I e parcerias de cariz científico/tecnológico, designadamente com a Universidade dos Açores, em particular nas ações de monitorização ambiental e de espécies marítimas, levadas a cabo pelo Observatório do Mar dos Açores (na Ilha do Faial), bem como com os Parques de Ciência e Tecnologia, designadamente o Nonagon (na ilha de S. Miguel) e o Terinov (na ilha Terceira), sublinha o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.

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