A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infra-estruturas defendeu, em Vila Nova de Gaia, no decorrer da 17.ª Conferência de Turismo do IPDT (Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo), que “os Açores são um caso internacional de sucesso na área do turismo sustentável”.
“Vamos continuar a trabalhar nessa estratégia de sucesso, porque é um dos nossos princípios fundamentais e nos dá um enorme reconhecimento e notoriedade a nível internacional”, disse.
Berta Cabral, que falava no âmbito do painel “Destinos Turísticos: Novas métricas de avaliação”, naquele que é considerado como o ponto de encontro de profissionais e empresários da indústria turística nacional e internacional, recordou que os Açores foram o primeiro arquipélago do mundo classificado como destino sustentável, recebendo em 2022 mais de uma dezena de distinções.
Não obstante o facto de este ser um motivo de orgulho para o Governo dos Açores, Berta Cabral defendeu a necessidade de se proceder permanentemente à monitorização da sustentabilidade económica, ambiental e social, tendo sempre em linha de conta a realidade de cada uma das nove ilhas.
“O turismo tem de criar valor para a economia; tem de criar valor para as populações. O turismo só é bom se for bom para os visitantes e para os residentes. Não nos podemos esquecer que os Açores são um destino jovem. Temos o antes e o após 2015, data da liberalização do espaço aéreo regional. Estes factores não podem, de forma alguma, ser descurados ao prosseguirmos com a nossa estratégia; estes factores são cruciais”, sustentou.
Berta Cabral sublinhou que o Governo Regional, ao proceder à revisão o PEMTA (Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores), acredita no enorme potencial da sustentabilidade num sector que é transversal a toda a economia e assume um importante compromisso com todas as entidades e associações ligadas ao sector, mas também com a população em geral.
Para a governante, o turismo, pela sua transversalidade, apresenta-se, cada vez mais, como a alavanca da economia regional”, sendo “muito importante haver uma conjugação de esforços para manter a sustentabilidade do destino e criar novas propostas de valor para a sua diferenciação”.