Oposição acusa “falta de liderança” de Bolieiro
Diário dos Açores

Oposição acusa “falta de liderança” de Bolieiro

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O PS/Açores acusou o Governo Regional de ser o “grande fator de instabilidade” na região, considerando que a demissão do secretário da Saúde por razões políticas revela a degradação do executivo (PSD/CDS-PP/PPM).
“É mais um episódio da degradação a que temos vindo a assistir do Governo Regional, que pelas razões que são invocadas pelo secretário regional da Saúde demissionário demonstra que o grande fator de instabilidade na nossa região é, precisamente, o Governo Regional”, avançou o vice-presidente dos socialistas açorianos, Berto Messias.
O deputado regional considerou ainda que perante o atual “contexto social”, marcado pela “crise inflacionista”, os Açores deveriam ter um “governo focado em governar e não focado em lutas internas”.
“Quando devíamos ter um governo pronto para governar e amenizar na famílias e nas empresas os impactos da crise inflacionista temos um governo que está embrulhado em lutas internas entre partidos da coligação”, afirmou.
Para Berto Messias, a demissão do secretário da Saúde é “mais um episódio revelador da falta de liderança” do presidente do Governo dos Açores, o social-democrata José Manuel Bolieiro, que “prefere sacrificar um secretário do que impor ordem”.
“Acho que os açorianos já estão todos fartos das meias palavras do presidente do Governo Regional que tenta dizer tudo, mas acaba por não dizer nada. Há um conjunto de episódios, e este é mais um, que demonstra que o grande fator de instabilidade na região é o Governo Regional”, reforçou.

BE diz que existem “capelinhas na Saúde”

O BE/Açores afirmou que o pedido de demissão do secretário da Saúde e as razões que invoca “são a confirmação da incapacidade” do Governo da coligação em governar, resumindo-se à sua sobrevivência política”.
Num comunicado de imprensa enviado às redações, o BE afirma que a saída do secretário regional da Saúde e Desporto, “pelos motivos divulgados pelo próprio confirmam a acusação feita pelo Bloco de que existem capelinhas na saúde”.
“É o próprio titular da pasta que confirma sucessivas ingerências no exercício do cargo, o que é a prova cabal de que a pasta da saúde está dividida entre diferentes partidos da coligação - o PSD e o CDS”, lê-se no comunicado.
Para o Bloco, “fica demonstrado uma vez mais que o Governo e os partidos da coligação colocam à frente dos interesses dos açorianos e açorianas e da resolução dos muitos problemas” do Serviço Regional de Saúde (SRS), “o seu próprio interesse partidário e as suas clientelas políticas”.
“Com este Governo e esta coligação, a saúde e o SRS nunca estarão em primeiro lugar. A demissão do secretário da Saúde e as razões que invoca são a confirmação da incapacidade do Governo da coligação em governar. A governação resume-se à sua sobrevivência política”, sustenta o BE/Açores.

Chega afirma que coligação é um “saco de gatos”

O Chega alertou que o Governo dos Açores não pode viver de “egos e ingerências”, preferindo “brincar como um saco de gatos”, a propósito da demissão do secretário regional da Saúde.
“Não podemos ter um Governo que vive de egos e de ingerências, e que prefere brigar como um ‘saco de gatos’ entre si do que governar os Açores. Não contem com o Chega para isso”, avisou ainda o deputado único do partido no parlamento açoriano, com quem o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM firmou um acordo de incidência parlamentar.
O deputado do Chega defendeu que “os Açores precisam de estabilidade na governação” e que isso é “algo que não se consegue mudando os atores políticos de pouco a pouco”.
Pacheco lamentou a saída de Clélio Meneses e destacou que o agora ex-governante “sempre soube manter um diálogo aberto com o partido, numa atitude de respeito democrático”.
“Prova disso são as várias medidas propostas pelo Chega e que obtiveram boa aceitação do executivo e estavam já em marcha”, recordou.
Perante as razões que levaram à saída de Clélio Meneses, Pacheco disse que o Chega “sempre defendeu um governo coeso em prol dos Açores” e, “acima de tudo, estabilidade na governação numa altura tão delicada para as famílias e empresas açorianas”.

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