Inicio este escrito com uma referência ao famoso Anticiclone dos Açores porque, plantado no meio do Atlântico, é sempre ele que nos traz o bom tempo e os bons ares, protegendo-nos de outras “frentes”, que nos trazem chuva, vento e frio. Aliás, também Pauleta, ex-jogador de futebol, ficou conhecido como Anticiclone dos Açores, pelos seus bons feitos, levando o bom nome dos Acores além portas. Seguindo esta linha de pensamento, vamos falar das coisas boas que o Anticiclone Liberal trouxe aos Açores.
Na sessão plenária da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, realizada a 8 de março, o Anticiclone Liberal “reservou” o seu lugar, na cidade da Horta. No Parlamento Açoriano, casa dos legítimos representantes do Povo destas ilhas, viu ser marcada a agenda política, assumindo-se sem pejo, que as “coisas” não andam bem, apresentando-se em Declaração Política a denúncia do Acordo de Incidência Parlamentar, que tinha com o PSD.
O Acordo de Incidência Parlamentar com a IL, foi feito com o PSD, sim, pois com a certeza de que seria o PSD a liderar a coligação, governando de acordo com a legitimidade obtida em urna, nas eleições Regionais de outubro de 2020 (o documento é público e nele se elenca, ponto por ponto [10], as razões da tomada de posição). Não, não foi assinado um acordo com o PPM, nem com o CDS, que são os que, na prática, estão a governar!
Quando o Presidente do Governo e “restantes acólitos”, entenderem isso (ou quiserem entender), vão perceber o tempo que foi perdido e as oportunidades desperdiçadas, em “tricas”políticas, entre os membros da coligação. O “gritar mais alto” a ver quem consegue tirar mais “proveitos” da cadeira de sonhos, que com “meia de dúzia de votos” conseguiram atingir, tem sido a prática comum, com os vários casos de demissões e nomeações “ad-hoc”, que temos vindo a assistir nos últimos meses.
Não vale tudo! Os Açores primeiro! São 9 ilhas, com necessidades e especificidades diferentes, que requerem um olhar e ação diferentes, pondo de lado todos e quaisquer bairrismos! O dinheiro dos contribuintes (mais conhecido por dinheiro público) é escasso e tem de ser bem gerido, não só pelas suas opões (que constam do Plano e Orçamento), mas, também, na distribuição pelas várias áreas (educação, saúde, transportes, entre outras…).
O Anticiclone Liberal sempre foi e será como o Anticiclone dos Açores: trará o bom tempo, acalmará o vento e desviará as nuvens negras. Sempre fomos parceiros da estabilidade, sempre contribuímos para que a mesma existisse, mesmo que momentos como este (da denúncia do acordo) tenham de ser feitas… No momento e local próprios!
Porém, não se pode confundir estabilidade, com comodismo e conforto de muitos, dizendo e fingindo que está tudo bem, quando não está… O Povo Açoriano (e os eleitores em especial) sabem melhor do que a classe política toda junta, as dificuldades e os erros que esta governação, semana após semana, mês após mês, tem incorrido.
A mudança anunciada, tornou-se uma utopia!
O Deputado Liberal continua a defender que o caminho liberal é a solução para retirar os Açores do marasmo e da pobreza, em que estamos mergulhados.
Já foram aprovadas algumas propostas estruturais, da Iniciativa Liberal, que resultaram em melhorias…Mas muitas ficaram pelo caminho das boas intenções, apesar de aprovadas no Parlamento.
Quem sabe ao que vai, nunca temerá o futuro. Os Açores nunca podem ficar para trás!
A IL foi criada e existe para defender uma alternativa liberal, em toda a linha! Não é “muleta” de ninguém!
Com a IL, os Açores podem e vão ser melhores!
Queira o Povo Açoriano, no seu tempo e a seu tempo, quando a isso for chamado, responder e decidir que futuro quer para as suas “9 jóias”.
“Antes morrer livres que a paz sujeitos”!
Saudações Liberais
Luís Miguel Quental*
*Vice-coordenador IL/Açores