Diário dos Açores

Pedras do Galego, legado dos nossos antepassados. Entre muitos outros…

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Opinião

As Pedras do Galego, legado dos nossos antepassados, construída com os recursos, empenho e “saber de experiências feito”, carece/carecia há muito de uma via alternativa, considerando as características e o volume do tráfego que nela circula. 
Na verdade, há que saudar a resolução do G.R., de 21.07.2021, que permitiu concretizar uma alternativa àquela estrada pois, apesar das melhorias introduzidas nos últimos anos, há que reconhecer que as mesmas são insuficientes. A obra, já iniciada, e absolutamente necessária, permitirá segurança e eficácia aos condutores que nela terão de circular num futuro próximo. Importa referir que a titular da Secretaria do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dispõe de conhecimento e dinamismo para, no âmbito das suas competências, otimizar o investimento que já se iniciou. A Melhoria da acessibilidade Furnas /Povoação-1ºLanço já se iniciou, na freguesia de Furnas, polo dinamizador do turismo no concelho da Povoação e não só. Bem hajam a todos os que idealizaram e concretizam o mencionado projeto.
Convido cada um dos senhores leitores a prosseguirem comigo nesta modesta reflexão e no Concelho da Povoação.
Estudei no então Externato Maria Isabel do Carmo Medeiros durante dois anos, e, no último ano, residi num lar de estudantes daquela Vila. Aqui deixo o meu reconhecimento a todos aqueles que naquela localidade e em muitas outras do nosso País deram o seu contributo válido e decisivo, no ensino privado, para facultarem aos jovens, e não só, a escolaridade, para além daquela que se obtinha no Ensino Primário.
A minha família viveu no Vale Formoso mais de uma década! Habituei-me, portanto, a viajar entre aquelas duas localidades, Furnas e Povoação, por razões óbvias. Nesse contexto, era frequente dar-se conta de um/a pequena quebrada/deslizamento de terras ter atingido a estrada, aqui e acolá, o que até já provocou morte num passado recente. Todos nos lembramos daquelas duas nossas concidadãs que foram arrastadas por águas pluviais até ao mar, tendo as duas morrido. Uma foi encontrada e outra ainda não!
A orografia da Povoação solicita atenção dos que nela habitam por razões óbvias e de todos os que têm a responsabilidade legal e cívica do seu acompanhamento. A mãe natureza nem sempre dá avisos sobre o seu comportamento. No entanto, e sobretudo por aqueles que têm o dever de ofício de a observar, é possível prever alguns desfechos! Os nossos antepassados ensinaram-nos isso mesmo, de geração em geração, e as experiências das suas vidas também. Hoje, com mais equipamentos e outros recursos de diversa ordem, podíamos e devíamos fazer mais e melhor para enfrentar os desafios da natureza naquele concelho! A esse propósito recordo para o cidadão comum, tal como eu, o que se dispõe no Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores, a saber: cada ilha tem um órgão representativo dos seus interesses. Aos órgãos representativos das ilhas compete: emitir parecer sobre matérias com interesse para a ilha, por sua iniciativa ou a solicitação de um dos órgãos de governo próprio; fomentar a colaboração e cooperação entre autarquias da mesma ilha e a uniformização de regulamentos municipais. O negrito é da minha responsabilidade. Tal cooperação visa, sem dúvida, superar as insuficiências com que um determinado município se confronta,+ necessitando de ajuda, quando as circunstâncias o exigem, acautelando-se esse bem inestimável que é a vida de todos e de cada um!
Boanerges Melo

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