Açores tiveram a taxa de mortalidade por Covid mais baixa do país
Diário dos Açores

Açores tiveram a taxa de mortalidade por Covid mais baixa do país

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Os Açores foram a região do país que teve a taxa de mortalidade por covid mais baixa em 2021, segundo revelou ontem um estudo do INE.
Os Açores destacam-se com 14,7 óbitos por 100 mil habitantes, seguindo-se a Madeira com 50.
A taxa de mortalidade foi de 124,5 óbitos por cada 100 mil residentes em Portugal, mais elevada no caso dos homens (139,3) do que das mulheres (111,0).
Por região, as taxas de mortalidade por COVID-19 foram mais elevadas nas regiões Alentejo (184,4 por 100 mil habitantes) e Área Metropolitana de Lisboa (161,1).
Nas mortes por COVID-19, a relação de masculinidade nos residentes em Portugal foi de 114,0 óbitos masculinos para cada 100 óbitos femininos, e a idade média ao óbito foi de 80,5 anos, mais elevada para as mulheres (82,5 anos) do que para os homens (78,8 anos).
A distribuição mensal dos óbitos por COVID-19 em 2021 mostra que mais de 80% das mortes causadas por esta doença (81,3%) ocorreram primeiro trimestre de 2021, com o registo de 10 559 óbitos.
Destacaram-se ainda as mortes por COVID-19 ocorridas em agosto (3,1%) e dezembro (4,4%).
Segundo o estudo do INE, em 2021, as mortes por doenças do aparelho circulatório e por tumores malignos diminuíram, respetivamente, 6,2% e 2,6% em relação ao ano anterior.
Em conjunto, e ao contrário dos anos anteriores, representaram menos de metade das mortes ocorridas no país (46,0%), o que terá ficado associado ao aumento do impacto da doença COVID-19 na mortalidade em 2021.
Em 2021, ocorreram em Portugal 12 986 mortes causadas pela doença COVID-19, representando 10,4% do total dos óbitos ocorridos no país.
Destes, 12 952 foram de residentes em Portugal e 34 de residentes no estrangeiro.
Estes resultados têm em conta as mortes em que a causa básica de morte, ou seja, a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte, foi a COVID-19.
As mortes por doenças do aparelho circulatório diminuíram 6,2%, de 34 593 em 2020 para 32 452 em 2021.
Considerando apenas os óbitos de residentes, a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório foi de 310,8 por 100 mil habitantes, consideravelmente mais baixa do que no ano anterior (335,0).
Contudo, esta diminuição não se refletiu numa diminuição do número médio de anos potenciais de vida perdidos devido às doenças do aparelho circulatório, tendo mesmo subido 0,4 anos em relação ao ano anterior (10,3 em 2020 e 10,7 anos em 2021), em consequência de uma maior mortalidade antes dos 70 anos de idade por esta doença.
A relação de masculinidade em 2021 foi de 80,2 óbitos de homens residentes por cada 100 óbitos de mulheres residentes, mais elevada do que a registada no ano anterior (79,4).

Cerca de 10 mil óbitos de residentes foram causados por AVC, em 2021

Nos últimos anos, em termos relativos, tem-se verificado uma diminuição da proporção de mortes causadas por doenças do aparelho circulatório no total de mortes, de 31,8% em 2010 para 28,0% em 2020 e 25,9% em 2021, principalmente devido à tendência para a quebra de importância das mortes por doenças cerebrovasculares, também designadas por acidentes vasculares cerebrais (AVC) (13,6% em 2010, para 9,2% em 2020 e 7,7% em 2021).
Todavia, os AVC continuaram a estar na origem do maior número de óbitos por doenças do aparelho circulatório em 2021 (9 613), representando 7,7% da mortalidade total e uma taxa de 92,2 mortes de residentes por 100 mil habitantes. Ainda assim, este resultado reflete uma diminuição significativa em relação a 2020, quando se tinham registado 11 439 óbitos, que corresponderam a 9,3% do total e a uma taxa de 111,0 óbitos de residentes por 100 mil habitantes.
Em 2021, as mortes por AVC continuaram a atingir principalmente as mulheres, com uma relação de 78,0 óbitos de homens por cada 100 óbitos de mulheres. As mulheres continuaram também a morrer relativamente mais tarde do que os homens devido a esta doença: a idade média ao óbito para as mulheres foi de 83,9 anos e para os homens de 79,6 anos.
Do total de óbitos por doenças cerebrovasculares, 93,0% foram de pessoas com 65 e mais anos e 81,6% de pessoas com 75 e mais anos. O número médio de anos potenciais de vida perdidos foi 9,8 anos, valor superior ao verificado no ano anterior (9,3).
As correspondentes taxas brutas de mortalidade diminuíram em alguns grupos etários mais avançados: no caso dos 65 aos 74 anos, de 110,2 por 100 mil residentes em 2020 para 86,8 em 2021; no caso dos 75 aos 84 anos, de 461,4 em 2020 para 352,0 em 2021.
Em 2021, perderam-se 10 763 anos potenciais de vida devido às doenças cerebrovasculares, menos do que no anterior (11 093), o que resulta na diminuição do número e óbitos com menos de 70 anos de idade por esta causa.

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