PSD apela ao Presidente da República para intervir na falta de solidariedade nacional
Diário dos Açores

PSD apela ao Presidente da República para intervir na falta de solidariedade nacional

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O PSD/Açores apelou à intervenção do Presidente da República para que os agricultores açorianos sejam contemplados nos apoios do Estado para compensar o sector pelos impactos da guerra na Ucrânia e pelo aumento dos custos de produção.
“Estamos a falar de uma atitude discriminatória do Governo da República, da qual o senhor Presidente da República não pode alhear-se e apelamos por isso à sua intervenção, porque isto tem de ser corrigido imediatamente. É muito dinheiro que os agricultores açoriano estão a perder”, afirmou o líder da bancada parlamentar do PSD nos Açores, João Bruto da Costa, à margem de uma visita a uma exploração agrícola na ilha Terceira.
Já ontem o líder parlamentar do PSD/Açores, João Bruto da Costa, acusou Vasco Cordeiro de ser “mais socialista do que açoriano”, tendo em conta a “conivência” do presidente do PS/Açores face às “posições discriminatórias” do Governo da República para com os agricultores da Região.
 “Vasco Cordeiro está a ser mais socialista do que açoriano, porquanto é cúmplice das atitudes discriminatórias do Governo da República e, pior que isso, critica e aaca o Governo Regional por, verdadeiramente, defender os interesses dos Açores”, afirmou.
 Para João Bruto da Costa, “não podemos tolerar essa postura recorrente de colocar o Partido Socialista acima da Região. Nem parece que estamos perante alguém que já foi Presidente do Governo, o que dá razão aos açorianos quando, em 2020, removeram o PS da governação dos Açores”.
 O caso mais recente prende-se com “a exclusão dos Açores do regime geral de atribuição dos apoios financeiros aos setores agrícola e pecuário e das pescas e aquicultura, assim como da prorrogação da vigência do mecanismo do gasóleo profissional extraordinário, que são de âmbito nacional”, explica.
 “As portarias que regulamentam esse diploma discriminam taxativamente a aplicação ao território continental, e deixam de fora os agricultores dos Açores e da Madeira. O que fez o PS/Açores? Atacou o Governo Regional, rejeitando a clara falta de solidariedade nacional da República”, sublinha.
 O líder da bancada social-democrata na Assembleia Legislativa recorda que “a própria Federação Agrícola dos Açores reagiu de imediato, repudiando a exclusão dos agricultores açorianos, que não contribui para a unidade territorial nacional, criando agricultores de primeira e de segunda, numa atitude inadmissível e inconcebível num Portugal democrático”.
 “Da mesma forma, e na primeira hora, os partidos que suportam o Governo da Coligação (PSD, CDS-PP e PPM) apresentaram um Projecto de Resolução, visando a extensão aos Açores e à Madeira daquelas medidas de apoio ao sector agropecuário, a ser discutido no Parlamento açoriano”, acrescenta.
 “Já o PS preteriu claramente os interesses dos Açores e dos açorianos, saindo em defesa da sua liderança nacional. Este é o mesmo PS/Açores que, há pouco mais de seis meses, elogiou o apoio extraordinário para mitigação do aumento dos preços do combustível no sector agrícola”, disse Bruto da Costa.
 “Pior, este é o mesmo PS/Açores que é conivente com o Governo da República, quanto à comparticipação dos prejuízos do Furacão Lorenzo, em que o Governo Regional e a Portos dos Açores se têm substituído aos cerca de 56 milhões de euros anunciados pela República”.
 “E este é, efectivamente, o mesmo PS/Açores que coloca a guerrilha político-partidária acima dos legítimos interesses da Região. E que não pode ser confiável, pois com certeza votará contra esta pretensão de repor a igualdade entre portugueses: os que vivem no continente, os que vivem nos Açores e os que vivem na Madeira”, repudiou
 Para João Bruto da Costa “existe uma certeza, é a da consciência que o PSD/Açores tem da importância que a agricultura representa no nosso crescimento socioeconómico, na medida em que contribui 6,8% para o PIB da Região, sendo uma das forças motrizes da economia destas ilhas. Pelo que nada nos impedirá de defender o sector e de exigir o que é de direito para quem nele trabalha diariamente”, concluiu.

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