Deputado questiona ministra sobre recusa em transladar para os Açores corpo de recluso falecido no Continente
Diário dos Açores

Deputado questiona ministra sobre recusa em transladar para os Açores corpo de recluso falecido no Continente

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O Ministério da Justiça, através da sua Direcção Geral de reinserção e dos Serviços Prisionais, recusa-se a transladar para os Açores o corpo de um recluso que faleceu no continente.
O caso já foi denunciado publicamente e parece que não teve ainda o desfecho que a família do recluso espera.
Neste sentido, o deputado à Assembleia da República Paulo Moniz questionou a Ministra da Justiça sobre a escusa de responsabilidades do Estado neste caso da trasladação.
“Temos de apurar porque é que o Estado Português não assume o custo nestes casos, e corrigir esse facto, uma vez que, a partir do momento em que um cidadão é detido, e se encontra num estabelecimento prisional, seja ele qual for, está à guarda do Estado, e portanto, é inaceitável a sua escusa de responsabilidades num processo como este”, afirmou o social-democrata.

Lacunas legislativas

 Para o deputado açoriano, “trata-se de um assunto que nos deve fazer refletir sobre possíveis lacunas legislativas, de forma séria e ponderada, já que casos sensíveis como este merecem e exigem uma união de esforços e contributos para que se possam evitar no futuro”, reforçou Paulo Moniz.
 Em causa está a Direção Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais “remeter para as famílias dos reclusos transferidos no continente os custos com a transladação do corpo, o que é, no mínimo, uma escusa das suas próprias responsabilidades”, disse o parlamentar.
 “Assim, se o óbito ocorre em contexto prisional, então o Ministério da Justiça deve assumir os custos com a transladação do corpo daqueles reclusos para os Açores”, acrescentou.

Sobrelotação da cadeia de Ponta Delgada

 Paulo Moniz pretende “que a senhora Ministra da Justiça se pronuncie sobre esta situação, pois entendemos que se deve corrigir e solucionar um problema concreto, que afeta os reclusos açorianos e as respetivas famílias, para que no futuro sejam evitados constrangimentos semelhantes”.
 “A sobrelotação do estabelecimento prisional de Ponta Delgada, para a qual temos vindo a alertar incessantemente, é também um facto a considerar, dado que, só este ano, foram 57 os reclusos açorianos transferidos para estabelecimentos prisionais do continente, e que deviam estar nos Açores, perto das suas famílias”, concluiu.

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