Luís Rodrigues defende auditoria às contas da SATA entre 2022 e 2022
Diário dos Açores

Luís Rodrigues defende auditoria às contas da SATA entre 2022 e 2022

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O anterior Presidente da SATA,  Luís Rodrigues, defendeu uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) às contas de 2020 a 2022, período em que liderou a companhia, mostrando disponibilidade para colaborar com a Comissão de Inquérito.
“Acho que deveria ter sido feito uma auditoria do Tribunal de Contas às contas de 2020 a 2022. Não sendo, a coisa pode ficar num plano mais vago. Mas o Parlamento é soberano. Acho muito bem. Estamos cá para lidar com isso”, afirmou, a propósito da Comissão de Inquérito da Assembleia dos Açores ao Grupo SATA.
O agora Presidente-executivo da TAP falava aos jornalistas em Ponta Delgada após uma aula aberta no âmbito do mestrado em Gestão de Empresas (MBA), da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade dos Açores.
A 12 Maio, o Parlamento açoriano aprovou, por unanimidade, uma comissão de inquérito para averiguar a gestão da SATA entre 2013 e 2019 e “avaliar o exercício da tutela política” e o “desempenho dos órgãos sociais” durante a actual legislatura.
Um dos motivos apresentados para a constituição da Comissão foi uma auditoria do TdC ao Grupo SATA, divulgada em 26 de Abril, que identifica a companhia aérea Azores Airlines como responsável “por cerca de 90% dos prejuízos acumulados entre 2013 e 2019”, no valor de 260 milhões de euros.
 Luís Rodrigues mostrou-se “disponível para ouvir tudo o que for apontando” pelos deputados, independentemente de ser a “favor ou não” da sua Administração.
“Acho muito bem que faça tudo o que se tem de fazer. Estou completamente disponível para colaborar. Não tenho nenhum problema com isso”, reforçou.
Durante a aula aberta, subordinada ao tema “Estratégia aplicada: da teoria à prática”, Luís Rodrigues assumiu que viveu “três anos espetaculares” nos Açores enquanto líder da SATA.
Instado por uma pergunta da audiência, o gestor considerou que os Açores estão a “viver uma tensão social interessante”, com metade da população a rejeitar o aumento do turismo e outra metade a defender o crescimento do sector.
“Parece-me que estamos num caminho de não retorno. Os Açores hoje têm cada vez mais notoriedade fora daqui. (…) O desafio é conseguir gerir isso”, declarou.
A proposta original para a criação de uma Comissão de Inquérito à TAP não abrangia a atcual legislatura, mas a iniciativa foi alvo de uma substituição integral que passou a incluir, entre os objectos da Comissão de inquérito, a avaliação do “exercício da tutela política da SATA e o desempenho dos órgãos sociais da empresa do grupo no período compreendido entre 2020 e 2022”.
A Comissão de Inquérito pretende apurar as causas do “significativo agravamento do desequilíbrio económico” da SATA, analisar as funções do acionista por parte do Governo Regional, “analisar o funcionamento dos órgãos sociais” e “verificar o cumprimento dos princípios da legalidade e transparência” no grupo de 2013 a 2019.
Os deputados vão ainda “avaliar o processo de renovação da frota” da Azores Airlines (responsável pelas ligações de e para fora do arquipélago dos Açores), “nomeadamente a opção inicial de substituir os quatro Airbus A310 por dois Airbus A330-210”.

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