Diário dos Açores

Iam para o lixo, não para o arquivo

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Dito de uma forma (bastante) suave: não se encobre um (quase) crime (evitado à última da hora) com o apagamento de quem o evitou. Pede-se (quanto muito) desculpa (aos que seriam lesados: todos nós) e agradece-se (a quem o fez). Certo? As matrizes prediais do Concelho da Ribeira Grande não foram depositadas no Arquivo Municipal da Ribeira Grande. Como aí nos informam. Isso terá sido um ‘truque burocratês’ (suponho) a que recorreram (não sei quem) nem quando o terão feito (mas certamente depois de 2011) para (certamente) ‘disfarçar’ o malfeito (passado) de 1986. As matrizes prediais foram ‘desviadas’ do ‘camião’ (eu cidadão assumo o crime) que ia a caminho da lixeira Municipal. Esta espécie de rapto, levou milhares e milhares de folhas desencontradas, rotas, sujas, etc.., à (então) Casa da Cultura da Ribeira Grande, onde, espalhadas no soalho do seu salão -, foram sendo (como se se tratasse de um longo quebra cabeças) reunidas, folhinha a folhinha, caderno a caderno. Isso durante serões e serões (do meu tempo livre e do de alguns colaboradores). E lá permaneceram e (ainda) permanecem (agora já no Arquivo Municipal). Para as consultar (hoje) temos que o pedir a quem as mandou em 1986 para o lixo (ao abrigo de protecção de dados e de outras legalidades). Lei é lei, claro: até eu (que as salvei) tenho de o fazer. E faço. Como sei tudo isso? Porque fui eu – Mário Fernando Oliveira Moura – o criminoso raptor dos papéis a caminho da destruição. E porque também (auxiliado por alguns dos meus colaboradores), os organizei. Esse erro (criminoso) foi evitado (com muito trabalho e ‘frequentes’ ataques de asma, devido à ‘poeirada’), outro, porém, foi (infelizmente) cometido: não se tratou de fazer a correspondência entre aquelas matrizes prediais (a caminho do lixo) e as novas (que as iriam substituir). Resultado? Procurar ali é como procurar ‘uma agulha no palheiro.’ É esta a verdade. A não ser que haja outra ‘alternativa.’ Se (porventura) houver prova que me contradiga (por favor) partilham-na. Que terei muito gosto em agradecer. E outro tanto em pedir desculpa.

PS: Lamento (bastante) ter de recorrer ao jornal para esclarecer o assunto, quando bastaria apenas uma resposta (simples) ao esclarecimento que incluí (há uns três ou quatro anos) na resposta que me deram ao meu pedido de consulta às ditas matrizes. Além de o fazer dessa forma ‘oficia,’ tenho-o (igualmente) feito (publicamente) em diversas ocasiões. Confiei que o assunto estivesse (bem) esclarecido. Desviaria o camião de novo? Sim. Não me arrependo mesmo que não nos agradeçam (a mim, à minha equipa e às nossas chefias).

Mário Moura *

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