Diário dos Açores

CESA apela à intervenção do Representante da República

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O Presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA) afirmou  que o “péssimo” relacionamento entre o Governo Regional e o nacional “só prejudica os açorianos”, apelando ao diálogo e à intervenção do Representante da República (RR).
“Não queremos saber de quem é a culpa. O certo é que os prejudicados são os açorianos, deste relacionamento que não se coaduna com as exigências de um país de direito e de um relacionamento são entre as diversas partes do território nacional”, afirmou Gualter Furtado.
O líder do CESA, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada após o plenário daquele Conselho, adiantou que uma “grande preocupação” demonstrada pelos parceiros sociais foi a relação entre o Governo da República e o Executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
Face a “um péssimo relacionamento que não dignifica nem o Estado nem os Açores”, Gualter Furtado apelou à intervenção do RR: “Ele [RR] tem de saber interpretar esta situação que estamos a viver e tem de a levar aos órgãos da república. O senhor Representante da República tem de ter uma palavra e uma intervenção naquilo que se está a passar”, assinalou.
Gualter Furtado apelou ao diálogo entre os governos, alertando que existem “dossiês em cima da mesa que ameaçam eternizar-se”, classificando como um “escândalo” o processo da construção de uma nova cadeia em São Miguel, o financiamento à Universidade dos Açores e as obras de recuperação dos prejuízos provocados pelo furacão Lorenzo.
“Ninguém ganha com isso. É preciso haver um entendimento quanto ao quadro financeiro e a assumpção de responsabilidades. Uns dizem que uma parte tem razão, outros dizem que não. Mas eles têm de se entender. Sentar à mesa e dialogar”, avisou.
O economista alertou que a “sociedade açoriana não se revê” naquele tipo de relação e adiantou que o CESA vai promover um plenário para abordar a relação entre o Estado e a Região. “Acho que não é só uma questão político-partidária. É uma questão de ineficiência das instituições. Até de uma certa irresponsabilidade das instituições. Há situações, e eu fico-me por aqui, que são de bradar aos céus. Isso não pode continuar”, reforçou.

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