Todos nós já ouvimos falar, em algum momento ou outro, de ansiedade.
Um familiar ou um conhecido que ao desabafar reflete: “Estou muito ansioso”, ou, “Fico ansioso facilmente”. Mas o que é a ansiedade ao certo? Parece ser um conceito fugaz, sem aparente definição.
Pois bem, aqui tento explicar para que melhor entendamos:
Muitas vezes caracterizamos a ansiedade por sentimentos de preocupação, “nervosismo”, medo e tensão. Contudo, a ansiedade é uma emoção comum e singular que todos nós experimentamos em algum momento da vida.
Quando o corpo percebe uma situação, como ameaça, desencadeia uma resposta para se preparar. A ansiedade é uma resposta natural do nosso corpo a situações futuras percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. Assim sendo, a ansiedade é útil, por si, em pequenas doses, motivando-nos a tomar uma ação. Esta emoção só se tornar um problema, quando é persistente, pois muitas vezes é acompanhada por sintomas físicos como tremores, palpitações cardíacas e dificuldade em respirar. Por isso, ao sentirmos a ansiedade e as sensações físicas associadas recorrentemente, consideramos ser uma experiência ameaçadora que desperta mais ansiedade, e que acaba por formar assim um ciclo vicioso.
E como lidamos com a ansiedade?
Pois bem, o objetivo não passa por controlar a ansiedade, mas sim geri-la. Reconhecer que é só uma emoção, e que as emoções por definição têm curta duração, de uns segundos ou até minutos, mas nunca por muito tempo, ou seja, se aguardamos uns momentos ir-nos-emos sentir menos ativos.
Outro possível método: reduzir os pensamentos começados por “e se”. Pensamentos deste tipo geram incertezas, podem induzir a mais preocupações e a situações desconfortáveis.
Assim, espero tê-lo ajudado a esclarecer o que é a ansiedade e como geri-la um pouco melhor.
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Carlos Marcelo B. Vieira *
*Especialista em Psicologia da Educação e em Psicologia Clínica e da Saúde