Por ocasião da apresentação do número LXVIII da revista Atlântida, o Instituto Açoriano irá levar a cabo uma residência artística em Angra do Heroísmo, onde a arte abraça em comunhão todos os seres viventes, a par de um espectáculo e performance musical e visual original que pretende ser uma celebração ao tema desta 68.º edição da Atlântida: as Comunidades.
Este evento pretende promover uma residência artística, a realizar na sede da Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio dos Artistas, juntando 3 artistas, Hamed Sadeghi (Irão/Austrália), Jonathan Afonso (Terceira) e Estevão Gomes (Viana do Castelo), em torno do diálogo que se pretende estabelecer entre a Viola da Terra Açoriana e a Tar Persa, e trabalhando sobre imagens e vídeos recolhidos na ilha Terceira, particularmente na cidade de Angra do Heroísmo.
Apresentação do espectáculo e performance musical terá lugar a 8 de Novembro, pelas 21h, no Teatro Angrense e terá entrada livre.
Hamed Sadeghi é um compositor iraniano radicado na Austrália. Virtuoso da Tar, com formação na música clássica Persa em Teerão, as suas composições oferecem-nos um sentir profundo da sua ancestral e querida cultura. É presença assídua nos mais importantes e prestigiados festivais de música e salas de concerto pelo planeta. Compôs, também, a banda sonora de múltiplas peças de teatro e dança. Como compositor, Sadeghi lançou 4 álbuns aclamados pela crítica especializada, sendo nomeado para os ARIA Awards 2021 na categoria de Melhor álbum de World Music e Jazz. Foi também finalista dos APRA Art Music Awards e nomeado para melhor banda sonora nos Sydney Theatre Awards
Jonathan Afonso encara a música como uma linguagem pura ou uma forma de expressão/meditação. Ao longo da sua carreira, como autodidata, tem vindo a explorar diversos contextos musicais: de flamenco ao rock progressivo observando como a arte musical consegue provocar reacções na forma como as pessoas percebem a realidade.
Jonathan explora a essência da dimensão interpretativa e mutável da música, em ensaios de liberdade experienciando a notável forma como o mesmo tema pode ser apresentado em formatos únicos a cada momento particular.
Estevão Gomes nascido e criado na pureza da existência humana entre a aspereza do trabalho da terra e o contemplar da graça do cantar das aves sobre o verde vale do Rio Lima, cedo encontrou a criação artística pela familiar imersão nos universos musicais tradicionais seguindo, actualmente, o seu caminho numa criatividade artística pura, livre, multidisciplinar e universal.
O universo académico levou-o a concluir um Mestrado em Ciências da Comunicação, pela Universidade do Minho. Entretanto, entre 2009 e 2016, dedicou-se exclusivamente ao cuidado e amparo de suas avós na sua dança com Alzheimer e Parkinson. Hoje organiza dois Festivais Artísticos na Ilha Terceira (Festival Mãe Terra e Festa do Sol), agencia músicos de todo o Planeta, produz documentários e é aberto sempre ao que a vida lhe traz a cada momento.