Diário dos Açores

(“As três Marias Madalenas Arrependidas”) – dos Açores

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A quase 15 dias para a “grande”discussão do Orçamento Regional dos Açores de 2024, parece que o Plano e Orçamento apresentado pelo atual Governo Regional, mais uma vez, gera polémica ao seu redor, quando estabilidade se esperava, e de muito já se apelidou o tal do documento.
Nesta semana começamos a ouvir as opiniões e as várias “supostas”intenções de voto dos partidos com representação parlamentar na Assembleia Regional, e é certo que, nestes primeiros dias de discussão pública foram já chamados três deputados, os que tiveram o maior peso decisivo nos orçamentos anteriores, ou seja, em 2021, 2022 e 2023, e agora dizem-se “enganados por este governo”, não fossem estes ingénuos, ou melhor, pela coligação, que dizem “não estava preparada para governar”. Pois é, mas são estes as três (“marias”) culpadas pelos últimos três anos com o maior índice de pobreza na região, e agora não vale a pela (“sacudir a água do capote”).
A responsabilidade é de todos eles e devem assumi-la, só lhes ficava bem, porque estamos mais pobres, e não só, e tudo isso porque não tiveram coragem de deixar o Governo à mercê da sua sorte, e aprovaram os orçamentos anteriores, e diria mais, quiseram continuar sentados nos seus lugares de deputados sem lhes ver ser retirada a cadeira.
Em orçamentos anteriores foram exigidas propostas ou alguns pontos como forma de contrapartida para que as três “Marias” aprovassem os tais orçamentos. Ora bem, todos os que representam os açorianos na (“casa da autonomia”), bem sabiam que o Governo não iria cumprir metade do que se comprometeria, como por exemplo falemos do Endividamento ZERO.
Como é possível alguém acreditar que este Governo não iria executar uma medida deste tipo? E a prova disso mesmo é o que foi divulgado no passado dia 1, pelo Tribunal de Contas, que emitiu o Parecer sobre a conta da Região Autónoma dos Açores de 2022, demonstrando-nos que o Governo transferiu o endividamento supostamente ZERO, para a conta da divida não financeira, ou seja, estamos a endividar as empresas em prol de uma promessa de bastidores. É verdade seja dita, promessa esta que nos custou mais 30,3% do que o ano anterior, e assim estamos a gerar divida sobre divida que só nos levará a mais pobreza.
Será que o “rendeiro caloteiro” irá de uma vez por todas pagar a sua dívida a todos os açorianos?
(“Oh Pacheco”), dizes que os açorianos querem que apertes com eles, mas pouco se viu apertares com eles nos últimos três anos!! Diria até que foram só promessas aos açorianos, onde também acho que promessas foi o que te fizeram, e antes que digas que estas palavras são minhas, foi o que se ouviu dizeres na antena 1 Açores.
Contudo, o que esperamos nós açorianos é que no próximo dia 20, a discussão do Orçamento, decorra de forma competente, isto porque este documento afeta a vida de todos os açorianos. Não vale a pena fazerem deste plenário um (“circo político”) e recheado de interesses próprios, porque a verdade é que ninguém foi enganado aqui e se foram, então não merecem o voto dos açorianos para representá-los.
Haja paciência!

Mário Pacheco*

* Empresário; Economista.

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