O CDS-PP dos Açores reagiu “com natural preocupação aos resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2023 sobre os rendimentos do ano anterior, que aponta para uma taxa de risco de pobreza nos Açores de 26,1%, em 2022. Todavia, efectuando-se uma análise de longo prazo, verifica-se que o valor da taxa de risco de pobreza de 2022 é inferior aos verificados nos anos de 2014 (28,3%), 2017 (31,6%), 2018 (31,8%) e 2019 (28,5%), anos correspondentes a governações socialistas”.
E acrescenta: “Se exceptuarmos os anos atípicos da pandemia, 2020 e 2021, a taxa de risco de pobreza, na Região Autónoma dos Açores, baixou de 28,5%, em 2019, para 26,1%, em 2022. Em relação ao índice de Gini, que mede a desigualdade, o valor de 36, referente a 2022, é inferior aos registados em 2014 (37,3), 2017 (37,9) e 2018 (37,6). Julgamos que estes dados apontam mais para a ineficácia flagrante da Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social em vigor, da autoria do anterior Governo do PS de Vasco Cordeiro, do que para as políticas públicas implementadas durante a presente legislatura e que são responsabilidade do actual Governo dos Açores”.
Para o CDS, “é de assinalar que PS de Vasco Cordeiro precisou de mais de duas décadas para preparar uma estratégia de pobreza, enquanto o actual Governo, em apenas um ano e meio, começou a preparar uma estratégia nova e actualizada para responder integralmente ao problema da pobreza”.
E conclui: “A respeito da reação do PS/Açores a estes dados agora conhecidos, não reconhecemos idoneidade política à deputada Andreia Cardoso, responsável, durante largos anos, pela política social que conduziu os Açores aos maiores índices de sempre de pobreza e exclusão social”.
Segundo o deputado centrista Pedro Pinto, “com um orçamento aprovado para 2024, com uma Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social renovada, atualizada e ajustada à realidade açoriana e com uma mudança da conjuntura externa, será possível a médio e longo prazo inverter a evolução dos indicadores da pobreza e continuar a melhorar as condições de vida dos açorianos”.