Em 2021, os 1.587.899 mutuários com créditos para habitação permanente representavam 18,3% da população residente com 18 ou mais anos em Portugal.
Ao nível sub-regional esta proporção era superior ao valor nacional na Área Metropolitana de Lisboa (20,4%), na Região Autónoma dos Açores (20,1%), no Alentejo Central (19,6%), na Lezíria do Tejo (19,3%) e na Área Metropolitana do Porto (19,2%).
O retrato municipal deste indicador destacava 91 municípios com valores acima de referência nacional e em 52 destes municípios o número de mutuários com créditos para habitação representava mais de 1/5 da população residente com 18 ou mais anos.
Os valores mais elevados deste indicador verificavam-se sobretudo em municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, do interior da região do Alentejo e da Região Autónoma dos Açores, contrastando com os municípios do interior das regiões Norte e Centro e do Algarve que apresentavam menores proporções de mutuários na população residente.
Em Portugal, o peso dos mutuários na população residente com 18 e mais anos variava entre 5,6% no município de Montalegre e 28,3% em Sesimbra.
Valor mediano da taxa de esforço
Em 2021, o valor mediano da taxa de esforço do crédito para habitação permanente dos mutuários foi de 12,78%.
Ao nível sub-regional, a taxa de esforço da habitação foi superior à referência nacional em 11 das 25 NUTS III do país, destacando-se o Algarve (14,60%) e o Tâmega e Sousa (14,12%) com valores acima dos 14%.
O Baixo Alentejo foi a sub-região que registou a menor taxa de esforço do crédito para habitação permanente: 11,38%.
Os Açores são a penúltima região com o valor mediano da taxa de esforço do crédito para habitação.
Em 2021, os 20% dos mutuários com taxas de esforço mais elevadas (decil 8) utilizavam mais de 1/5 (20,99%) do rendimento para fazer face às prestações de crédito para habitação. Este valor aumentava para 28,51% ou mais considerando os 10% dos mutuários com taxas de esforço mais elevadas (decil 9).
Ao nível sub-regional, o valor do decil 9 da taxa de esforço do crédito para habitação permanente variava entre 24,96% na R.A. Açores e na Beira Baixa e 34,05% no Algarve.
Para além do Algarve, no Alto Tâmega (31,84%), Tâmega e Sousa (31,37%) e Douro (30,27%), as prestações de crédito para habitação dos 10% dos mutuários com maiores taxas de esforço representavam mais de 30% dos seus rendimentos.