Diário dos Açores

Estrada Regional entre Ponta Delgada e Lagoa: quantas mais mortes serão necessárias?

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Opinião do leitor

Mais um morto. Mais um jovem perdeu a vida num acidente rodoviário na Estrada Regional nº1, 1ª, que une o concelho de Ponta Delgada ao concelho da Lagoa.
Esta via, tristemente marcada pela tragédia, constitui-se, cada vez mais, como um “campo de batalha” rodoviário, onde a qualquer momento pode surgir uma nova vítima, inocente, ou não, de mais um acidente cujas consequências variam entre a chapa amolgada até à ceifa de mais uma vida humana, tal como aconteceu no passado dia 18/09 quando um jovem que conduzia uma moto em velocidade excessiva, chocou contra uma viatura que saía de estacionamento. Não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital do Divino Espírito Santo.
Curiosa e infelizmente, cerca de um mês antes, mais precisamente no dia 19 de Agosto, num local muito próximo do acidente anteriormente mencionado, teve lugar mais uma destas ocorrências, em circunstâncias idênticas, igualmente entre um motociclista e um automóvel. O autor deste texto testemunhou o momento em que com os veículos ainda no local, já uma ambulância e a sua equipa de paramédicos socorria o motociclista cujo estado aparentava ser grave. Desconhece-se, porém, o estado em que ficou o ferido.
No passado outras fatalidades tiveram lugar nesta ligação, uma delas com uma criança.
Estes são, tão somente, alguns exemplos das dezenas de ocorrências que, com maior ou menor gravidade acontecem todos os anos nesta importante via, onde que todos os dias centenas, ou milhares de veículos circulam. 
Largas dezenas de moradores saem, diariamente, das suas garagens directamente para as faixas de rodagem, sempre com riscos acrescidos, circulam veículos pesados que servem as indústrias das imediações, também autocarros de transportes públicos, bicicletas, trotinetes, peões, desportistas que fazem jogging, todos podem ser vítimas ou carrascos, numa estrada onde as autoridades teimam em não implementar as medidas de prevenção de acidentes e de controlo da velocidade que se impõem.
A grande, diria mesmo, a enorme maioria dos condutores, circulam em velocidade excessiva. São muito poucos aqueles que respeitam o limite de 50km/h. 
Sendo assim, naturalmente, tem que ser a Região a impor as medidas preventivas, sejam elas quais forem, para estancar estas tragédias. A pergunta é para quando? Quantas mortes mais serão necessárias?

Fernando Cruz

P.S. Passada uma semana da redacção deste texto, um novo acidente ocorreu, exactamente no mesmo local da fatalidade descrita, felizmente, sem mortes, mas com mais danos e feridos.

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