Açores registaram a maior disparidade do movimento migratório do país com destaque para o Corvo
Diário dos Açores

Açores registaram a maior disparidade do movimento migratório do país com destaque para o Corvo

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O movimento migratório no ano passado  apresentou um contributo positivo em 290 dos 308 municípios (94%), destacando-se com crescimentos migratórios superiores a 2%, um conjunto de 22 municípios: 10 da região Centro, sobretudo da sub-região Oeste, 5 municípios do Alentejo, os municípios de Vila Nova de Cerveira (2,57%), São João da Madeira (2,53%) e Porto (2,41%) da região Norte, os municípios do Corvo (4,02%) – com o maior valor do país – e São Roque do Pico (2,23%) da Região Autónoma dos Açores e ainda os municípios de Castro Marim (2,23%) no Algarve e Porto Santo (3,03%) da Região Autónoma da Madeira.
A Região Autónoma dos Açores foi a sub-região que, em 2022, registou a maior disparidade na taxa de crescimento migratório entre municípios (+3,67 p.p.): o maior valor registou-se no município do Corvo e o menor em Vila Franca do Campo (0,35%).
Em 2022, a mediana da idade da população residente era de 47 anos ao nível nacional.
Os 25% de população residente com menor idade tinham até 26,7 anos (1º quartil) e os 25% da população mais velha tinha 64,2 ou mais anos.
Ao nível sub-regional, o valor do 1º quartil da idade da população residente variava entre 23,9 anos na Região Autónoma dos Açores e 35,0 anos no Alto Tâmega.
 O valor do 3º quartil era também mais elevado no Alto Tâmega (71,1 anos) e mais baixo na Região Autónoma dos Açores (59,1).
O Alto Alentejo e o Baixo Alentejo apresentaram as maiores diferenças, superiores a 39 anos, entre o 3º e o 1º quartil da idade da população.
Em 2022, a idade mediana da população residente foi superior à referência nacional (47,0 anos) em 16 das 25 NUTS III e 10 destas sub-regiões apresentavam valores iguais ou superiores a 50 anos, destacando-se o Alto Tâmega com o maior valor mediano (56,6). A Região Autónoma dos Açores (42,7) e a Área Metropolitana de Lisboa (45,0) eram as únicas sub-regiões com idade mediana igual ou inferior a 45 anos.
O retrato municipal deste indicador evidenciava valores medianos mais elevados nos municípios do interior da região Norte e Centro por oposição aos municípios do litoral do continente e das regiões autónomas que apresentavam idades medianas da população residente mais baixas.
Neste contexto, salientam-se, contudo, alguns municípios do interior que constituem bolsas de vitalidade demográfica e que correspondem na sua maioria a sedes de Distrito: Viseu, Évora e Beja.
Em 2022, 141 dos 308 (45,8%) municípios registavam idades medianas superiores a 50 anos, tendo os municípios de Oleiros (62,9), Pampilhosa da Serra (62,6), Alcoutim (62,6) e Vinhais (62,4) registado valores superiores a 62 anos. Apenas os municípios de Ribeira Grande (37,8) e Lagoa (39,9), ambos da Região Autónoma dos Açores, apresentaram uma mediana etária abaixo dos 40 anos.

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