Os Açores aumentaram nos últimos meses as receitas, mas também as despesas, segundo o último boletim da execução orçamental da Região Autónoma dos Açores, referente a Agosto, consultado pelo Diário dos Açores.
A receita efectiva situou-se nos 818,3 milhões de euros, repartida por 690,3 milhões de euros de receita corrente e 128,0 milhões de euros de receita de capital.
A receita corrente registou um aumento de 16,7%, relativamente ao mesmo período do ano anterior e a receita de capital um aumento de 18,4%.
Do total da receita corrente, 444,9 milhões de euros (64,5%) corresponderam a receita fiscal.
131 milhões de euros de impostos directos
A receita fiscal arrecadada, em agosto de 2021, situou-se nos 444,9 milhões de euros, o que equivaleu a uma execução de 65,7% e um aumento de 4,6% relativamente ao período homólogo do ano anterior.
Os impostos directos originaram uma receita de 131,2 milhões de euros, 56,9% do valor orçamentado, mais 6,4% que o arrecadado no período homólogo de 2020.
Nestes impostos destacou-se o IRS, com 111,2 milhões de euros, com uma execução de 59,9%, o equivalente a 84,8% dos impostos directos.
O IRC registou uma execução de 44,4%, menos 2,8% do que em Agosto do ano transacto.
No período em análise, foram os impostos indirectos os que mais se destacaram, com 313,8 milhões de euros, tendo assumido um peso de 70,5% no total da receita fiscal.
Relativamente a 2020, verificou-se um aumento de 3,8% nestes impostos.
A receita não fiscal situou-se nos 373,3 milhões de euros, dos quais 169,9 milhões de euros foram receita corrente, 128,0 milhões de euros receita de capital e 75,5 milhões de euros de outras receitas.
Dos 169,9 milhões de euros de receita corrente arrecadada, em Agosto de 2021, destacam-se os 156,4 milhões de euros contabilizados nas transferências correntes, com uma execução de 70,2%, os quais representaram 92,1% das receitas correntes.
As receitas de capital situaram-se nos 128,0 milhões de euros, com um crescimento de 18,4%, face a Agosto do ano de 2020.
O agregado “outras receitas” registou uma execução de 75,5 milhões de euros e correspondeu integralmente a reposições não abatidas nos pagamentos.
Despesa nos 853 milhões
de euros
A despesa efectiva atingiu, em 31 de Agosto do corrente ano, 853,1 milhões de euros, o que correspondeu a uma execução de 51,4%.
A despesa corrente situou-se nos 628,5 milhões de euros, dos quais, 447,7 milhões de euros correspondem a transferências correntes, representando 71,2% do total da despesa corrente.
A despesa de capital atingiu os 224,6 milhões de euros, 48,3% do valor orçamentado, 92,6% dos quais corresponderam a transferências de capital.
O saldo global consolidado dos organismos com enquadramento no perímetro da Administração Pública Regional atingiu, no final de Agosto os -20,6 milhões de euros, consequência de uma receita efectiva de 874,8 milhões de euros e de uma despesa efectiva de 895,4 milhões de euros.
Do total da receita auferida, 744,9 milhões de euros (85,1%) corresponderam a receita corrente e 130,0 milhões de euros (14,9%) a receita de capital.
A despesa efectiva decompôs-se em 737,1 milhões de euros (82,3 %) de despesa corrente e 158,3 milhões de euros (17,7 %) de despesa de capital.
A 31 de Agosto do corrente ano, apurou-se um saldo global de -34,9 milhões de euros e um saldo primário de -8,7 milhões de euros.
O saldo corrente foi de 61,8 milhões de euros, enquanto que o saldo de capital se situou nos -96,7 milhões de euros.