Amazon na Web Summit: a tecnologia vai antecipar-se aos desejos humanos
Marisa Furtado

Amazon na Web Summit: a tecnologia vai antecipar-se aos desejos humanos

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No primeiro dia da Web Summit, a Amazon foi destaque, levando a todos diretamente para o futuro das tecnologias digitais.
Um dos principais avanços está acontecendo em torno da Alexa, o assistente de voz inteligente, presente em milhões de vidas de todo o globo.
É uma espécie de central de comando, em que basta um pedido de voz para que uma tarefa seja realizada.
Lembretes, volume de TV, música, programa favorito, hora da medicação etc. Nada passa desapercebido pela Alexa.
É uma ajuda infinita para pessoas com necessidades especiais e, durante a pandemia, tem prestado um grande serviço às famílias levando mais entretenimento e organização ao dia a dia.
Apesar de ser um robô, cria uma relação tão repleta de cumplicidade e bons momentos com os seus usuários, que milhares deles afirmam já terem se declarado à Alexa com um doce “eu te amo”.
No entanto, uma nova fronteira tecnológica deve ser cruzada em breve.
 Vem sendo chamada de ambiente computacional, onde não será mais necessário comandar a tecnologia, porque verdadeiramente ela se comportará como o homem e se antecipará aos desejos e ordens dos humanos.
O Vice-Presidente Sénior da unidade Alexa, Tom Taylor, afirma a nova realidade do ambiente computacional vai elevar a relevância de se ter um assistente virtual em casa.
“No começo, a mágica do assistente de voz era a acessibilidade. Democratizou a inteligência artificial. Agora vai mudar radicalmente. Será uma inteligência artificial self service”, completou Taylor.
A nova Alexa vai reagir individualmente e vai acabar comportando-se da mesma forma de quem interage, sem a necessidade de programação prévia.
Para citar alguns exemplos, a Alexa poderá lembrar a pessoa do trecho da música que ela esqueceu.
Vai oferecer café antes do usuário pedir.
Vai avisar quando o cachorro latir e ninguém estiver em casa.
Poderá ser detetive se notar algo estranho, fora da rotina da família.
 Esse será o resultado da perfeita integração de hardware, software, visão computacional e inteligência artificial.
Os aparatos tecnológicos deixarão de ser reativos para se tornarem proativos.
E estarão prontos a exercer papéis diferentes em contextos diferentes, com pessoas diferentes.
Ainda assim, a privacidade continuará sendo fundamental.
Em Setembro último, um novo serviço “sempre alerta” foi introduzido na plataforma Alexa, que agora já “nota” que o carro está chegando, então abre a garagem sozinha.
Também anuncia a chegada de uma encomenda, antes da campainha tocar.
Outra parceria importante acabou de ser firmada entre Amazon e Disney e, bastará a saudação “Hey Disney” para que as crianças tenham acesso aos seus conteúdos favoritos.
É por isso que a Amazon aposta que a nossa conversa com os assistentes de voz vai diminuir.
 Infelizmente a segunda palestra agendada para o final do dia sobre o acesso a nuvem de qualquer lugar, com o Dr. Werner Wogels, Chefe de Tecnologia da Amazon, foi adiada.
Mas o recado foi bem dado: vem aí a tecnologia self service for all.

(*) Exclusivo para Diário dos Açores. Marisa Furtado é jornalista no Brasil e é descendente de família
açoriana.

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