Forum
Cada governo tem a sua forma de trabalhar, os seus métodos de organização e de atuação e o de Bolieiro não foge à regra. Compadre Pestana acompanhou o arranque das visitas que se iniciaram na Graciosa sem inaugurações e sem grandes cerimónias, mas todas elas vão ter um orador convidado para convidados e para interessados. Nosso compadre pensa lá na sua que mais importante que essa ideia para preencher calendário seria a inovação de contactar o povo de perto e os seus representantes em todas as áreas , no terreno, no meio da realidade , olhos nos olhos, sem medos nem receios . Ouvir e escutar os cidadãos anónimos, aqueles que se queixam , que tem a vida enrolada, que esperam há anos por uma consulta, que esperam meses por uma decisão … Depois nem precisam de grandes reflexões, é só por mãos à obra e resolver mesmo a sério os problemas da população !
MOTA AMARAL
O Dr. Luís Bastos, que foi professor do nosso Liceu, amigo pessoal do Doutor Mota Amaral, foi o autor da interessante obra “ JOÃO BOSCO MOTA AMARAL - Fotobiografia “, que foi lançada na última semana no Teatro Micaelense , cujo salão nobre encheu literalmente com convidados e amigos, membros do governo e antigos colaboradores, com César e Bolieiro na primeira fila, num gesto de admiração e respeito por um político de grande envergadura, que atravessou as fronteiras insulares , a quem se deve a conquista da Autonomia democrática e todo o seu arranque pelas nove ilhas, numa configuração de desenvolvimento nunca registado na história do povo açoriano. Apresentou a obra o doutor José Luís Brandão da Luz , que foi docente da nossa Universidade e encerrou a sessão o Doutor Mota Amaral, com um discurso de relevante recorte político e literário, a quem PA felicita vivamente, formulando votos de longa vida !
Pandemia
Há quem diga que a pandemia pode voltar e que as máscaras nos vão salvar ! O que está a demorar é precisamente o medicamento para esta COVID-19, que admira como as farmacêuticas ainda não atinaram com ele, tão rápidas foram com as vacinas , um dos melhores negócios do século ! Pelos Açores ainda têm aparecido uns casos ( agora foram médicos do próprio hospital ), apesar dos cuidados e dos avisos e dos testes, que nunca o governo informou quantos testes se realizam por dia, por ilha, ou então os computadores não estão para aí virados. Mas é estranho !
Canárias
A desgraça das Canárias está a assustar os canarinos e não só, porque até às nossas ilhas chegam vestígios da ocorrência. Aquela erupção tem sido tremenda e assustadora arrasando e queimando tudo por onde passa até ao oceano.
A este propósito Vila Franca do Campo está a iniciar a memória do terrível terramoto de há quase 500 anos que arrasou a primeira Vila da ilha, com o cais na altura, a socorrer nos momentos de aflição com a ajuda dos barcos lá atracados. Foi celebrada missa solene em memória das vítimas, com a participação do Coral de São José, onde foram lembrados também os principais momentos de verdadeira aflição da população que vivia, ao tempo, naquela povoação do sul da nossa ilha ! Terá faltado maior publicidade desta importante iniciativa que contou com o apoio da Câmara de Ricardo Rodrigues. É que muita gente só soube depois!
O crachá da PJ
Finalmente o emblema da Polícia Judiciária que está na parede ao lado da porta de entrada mereceu honras de restauro. Aqui há bastante tempo o Pois Alevá havia lamentado o estado a que havia chegado o crachá da nossa polícia criminal, desbotadas as cores e ausente o desenho. Supõe-se que foi obra do novo Coordenador. Atenta, a RTP/A já atualizou as suas imagens de arquivo!
Ainda o crachá
O crachá da Judiciária era o que mais se via como pano de fundo da exposição de vários quilos de droga apreendida pela PJ, em colaboração com a GNR, segundo dizia a reportagem. O Celestino bem se esforçou, até reviu a reportagem, mas não conseguiu ver em sítio nenhum o crachá da Guarda Nacional Republicana, só o da PJ… Guerra de capelinhas?
Guerra de capelinhas
E por falar em Guerra de capelinhas, que me dizem à que estalou entre as Câmaras de Comércio de Angra e Ponta Delgada? De um lado cortam-se relações, do outro pedem-se cabeças. Absolutamente surreal…
Rabo de Peixe
Quando se fala de Rabo de Peixe, quase sempre é pelas piores razões e Tio Justino não acha isto justo ! Como em todo o lado há do bom e do melhor e, claro, também do ruinzinho ! Mas há dias ele ouviu que naquela bonita Vila estão a implementar um Projeto que tem como objetivo retirar as crianças da rua e que está a entusiasmar os promotores e os que o executam. E nunca nada está acabado !
Semanas de estudo
O Instituto Açoriano de Cultura já retomou as Semanas de Estudo para reflectir a Autonomia e o desenvolvimento dos Açores. “ O objetivo é que as Semanas de Estudo envolvam conjuntos diversificados de pessoas de diferentes gerações, especialistas e não especialistas, e sempre com a participação das novas gerações “. As primeiras iniciativas já se realizaram em Setembro e no princípio de Outubro mas o objetivo é que esta reflexão se prolongue pelos próximos cinco anos. Compadre Almeida conta participar naquela importante iniciativa, que precisa ser muito bem divulgada, para que os interessados não percam tão meritória oportunidade.
Santa Rita – Fajã de Baixo
A ermida de Santa Rita de Cássia é uma pequena jóia arquitectónica da Fajã de Baixo. Está situada em zona com grandes embaraços à circulação rodoviária motivada pela falta de locais para estacionar, ocasionando estacionamento desorganizado e à margem das normas do Código da Estrada. A ermida encontra-se quase sempre escondida da vista de quem passa pelo estacionamento de automóveis em cima do largo passeio contíguo. Uma possível solução para a desobstrução visual da ermida poderá passar por sinalização a proibir o estacionamento e pela colocação de pilaretes na beira do passeio de modo a impedir as viaturas de o subirem.
Sugestões e lembranças
Ao simpático presidente da Câmara de Ponta Delgada PA lembra algumas preocupações e sugestões que vêm do passado e que requerem uma nova atenção do novo Edil.
- A Mãe de Deus e a Calheta são bicos de obra que não podem parar;
- Não se deveriam repetir as malfadadas lombas da cidade, alterando ou atenuando as existentes;
- As tampas desniveladas são uma dor de cabeça para quem conduz em Ponta Delgada e arredores e deveria ser tarefa prioritária;
- Seria bom avaliar o perigo das casas em ruínas na cidade e no concelho, as abandonadas e as que já floresta têm no telhado!
- Há uma ou outra rua da cidade que os moradores preferiam optar por parquímetros porque eles próprios penam para estacionar a sua viatura;
- Verifica-se que a sinalética da cidade é deficiente e pobre, nem os edifícios do nosso património estão sinalizados nem iluminados!
Facadas
Dois estudantes de cerca de 19 anos, duma escola secundária desta cidade, nome de fruta, envolveram-se em rixa por ciúmes, de onde resultaram ferimentos graves num deles com perfuração de pulmão e risco de vida. Com os filmes que aí se vêem e as lições de “moral” que deles resultam, pejadas de violências sem nome, urge que as nossas escolas tomem cautelas de maior vigilância preventiva e moral, senão…
Estátua
Luís Bastos apresentou o seu livro sobre Mota Amaral, considerando-o o maior político açoriano de sempre. A perspetiva histórica parece começar a dar razão àquele pedagogo. Daí que não é de estranhar que alguns comecem a pensar numa estátua para o Pai da Autonomia Constitucional. Lugar? Largo Vasco da Gama, pátio exterior sul do Palácio da Conceição, etc.
Cama
Continua a dita cuja na Rua Diário dos Açores, com colchões de papelão, cobertores de plástico relativamente sujo e um odor urinário que deve estar a chegar aos Paços do Concelho, para deleite dos turistas que comem nas várias esplanadas vizinhas. Um encanto.
Queijo de S. Jorge
30 anos dizem as notícias! Só se forem 30 anos do calendário egípcio, porque há mais de cem anos que o queijo da ilha era rei em Lisboa e arredores, e quando esgotava, caía o governo…
Vítor Meireles
O poeta micaelense fez sucesso nas Canárias esta semana, com uma das suas poesias (sobre a morte de Melito) escolhida pelos estudantes canarinos como modelo de perfeição, a quem dedicaram magnífica pintura inspirada nos versos do vate micaelense. Parabéns.
Adeus
Termina hoje e aqui um ciclo do Pois Alevá onde se tentou em espaço aberto não partidário, elogiar e criticar (fora e acima de fações), factos e pessoas das mais diversas opiniões e impactos. Nem sempre se agradou e se alguém ofendemos não foi por intenção mas por julgarmos estar a cumprir um dever que é um direito consagrado: informar e corrigir. E até para evitar o que o outro regime queria: transformar a imprensa no pilar do tédio. Até um dia.