Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres
Joana Loura

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

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Qualquer pessoa que pesquise “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres”, perceberá que este dia se celebra anualmente a 25 de novembro. Se quiser aprofundar um pouco mais, perceberá também que foi instituído pela Resolução 52/134 da ONU, com o intuito de alertar para esta realidade, que atinge maioritariamente as mulheres em todo o mundo. Se quiser conhecer a realidade portuguesa, perceberá que não é diferente. O Relatório Anual da APAV refere que quase 75% das pessoas atendidas em 2020 eram mulheres. Segundo a CIG, no ano passado, 101 crianças foram vítimas de mutilação genital feminina em Portugal. Nos jornais, destacam-se títulos em letras garrafais “Violência doméstica faz 32 mortes em 2020”. 27 eram mulheres.
E mais seriam os exemplos que poderíamos procurar e facilmente perceberíamos que as mulheres ainda continuam a ser as mais afetadas por vários tipos de crime. A questão é que a maioria das pessoas vê a estatística como forma de perceber determinado tópico num dado período de tempo. Na verdade, seria inócuo pensar assim.
Estes dados, mais do que nos esclarecer acerca de um tempo passado, têm de nos fazer pensar no futuro e no papel que queremos ter perante a violência em todas as suas formas. Têm de nos alertar que os números representam pessoas reais, que podem viver mais perto de nós do que imaginamos. E têm ainda de nos lembrar que não, estas coisas não acontecem só aos outros… e que todos e todas temos a responsabilidade de unir esforços para evitarmos que nós ou pessoas que nos são queridas sejam reduzidas a um percentil.
Por tudo isto, pergunto-lhe: já pensou no que está ao seu alcance fazer ainda hoje para mudar esta realidade?
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.


* Psicóloga Clínica

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