Maturidade a milhas
Dionísio Fernandes

Maturidade a milhas

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Não se deixem enganar, isto de ser uma “eterna criança” deixa muito a desejar.
Há uns sábados atrás escrevi sobre uma das maiores fontes de infelicidade crónica, os nossos ressentimentos. Outra fonte também importante que vejo na vida das pessoas é estar num relacionamento, ou ser casado, com alguém com baixa maturidade emocional. E aqui, quando uso a palavra relacionamento pode ser qualquer forma de proximidade emocional/social entre duas pessoas.
Exemplos, ou descrições, típicos de pessoas com pouca maturidade emocional:
“Ao menor sinal de crítica, ele simplesmente ‘fecha-se’ ou fica na defensiva.”
“Ele nunca, mas nunca, admite estar errado”
“Eu simplesmente não entendo como ela pode ser tão inteligente e bem-sucedida, mas tão alheia quando se trata de seus sentimentos, ou dos sentimentos dos outros.”
“Ele era tão engraçado e charmoso quando nos conhecemos, mas depois, ao fim de algum tempo, cansa.”
Cada vez mais, estou convencido de que UM dos maiores “segredos” para a felicidade na vida é evitar algum tipo de parceria com alguém que não tem muita maturidade emocional.
Lidar com as nossas emoções dá trabalho. E muita gente face a todas as coisas difíceis, o nosso instinto natural é evitá-las.
Muito mais fácil ficar quieto, e evitar toda essa ansiedade, que muitas situações na vida nos trazem.
Uma maneira particularmente tentadora de evitar o trabalho árduo de gerir sentimentos difíceis é terceirizá-los (empurrar, se quiserem) para outra pessoa.
Terceirizar o trabalho emocional significa fazer com que outra pessoa administre sentimentos difíceis que são realmente da sua responsabilidade.
Fazem isto quando lidar com pessoas e situações difíceis, como filhos, pais, família, amigos, etc.
Lembrem-se de que em muitas famílias e culturas o trabalho emocional é tradicionalmente terceirizado para as mulheres. Isso tem duas grandes consequências:
As mulheres ficam sobrecarregadas, e, eventualmente, ressentidas por terem que fazer todo o trabalho emocional num relacionamento ou família.
Os homens permanecem emocionalmente imaturos e frágeis porque evitam facilmente lidar com as emoções difíceis.
As pessoas emocionalmente imaturas fazem os outros se sentirem mal por se sentirem mal. Uma espécie de ausência total de empatia.
Imaginem que alguém te diz algo sarcástico e doloroso, e ficas compreensivelmente triste como resultado. Para, quase de seguida, dizer: “Por que estás sempre tão triste ? Não pode apenas ignorar e apreciar o lado positivo ?” Apontando inconscientemente a tua reação como uma fraqueza.

Hoje fico por aqui
Para a semana há mais
Haja saúde

 

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