Retalhos da manta natalícia
José Soares

Retalhos da manta natalícia

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Transparência

1 - É tempo da Grande Festa da Família. Tempo de tréguas aos confrontos de toda a espécie.
E neste tempo de Paz na Terra, faremos também paz na nossa escrita.
Nas Ilhas Açorianas, somos um Povo de paz. E nessa paz cultivada pelo Mar e Basalto que nos rodeia por todos os lados, sobressaem qualidades humanas específicas, apenas encontradas naquele que vive completamente inserido na realidade de seis séculos.
Na luta contra um dos flagelos que continua a chicotear ainda muitos dos nossos irmãos nas Ilhas, existem instituições que tentam fazer das tripas coração, para atenuar aqueles a quem o infortúnio teima em não lhes deixar as portas: A pobreza.
Felizmente que muita gente trabalha voluntariamente e entrega uma grande parte da sua existência terrena no interminável combate ao inimigo faminto. O próprio presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, tem dado o exemplo de dádiva a que temos assistido muitas vezes.
Uma dessas instituições é o Banco Alimentar Contra a Fome de São Miguel, que tem como finalidade “a gratuitidade, na dádiva, na partilha, no voluntariado e no mecenato.”
É uma organização particular e, como se pode ler na sua página online, “Os Bancos Alimentares são Instituições Particulares de Solidariedade Social que lutam contra o desperdício de produtos alimentares, encaminhando-os para distribuição gratuita às pessoas carenciadas.”
Estão por todo o mundo e são responsáveis por atenuar a fome no seio de muitas famílias.
“Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente que lhe assegure e à sua família, a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda aos serviços sociais necessários” (Excerto do artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos do Homem).
Pelo esforço do bem fazer que ao longo de anos os voluntários e voluntárias do Banco Alimentar oferecem sem nada pedir em troca, saudamos todos e todas na pessoa da sua Presidente, Luísa César. Uma mulher singular, cuja humildade na ação é tão forte como o seu incorrupto caráter de ajuda ao próximo. Nunca desejando qualquer pedestal ou destaque enquanto consorte do então presidente do governo Carlos César, Luísa César esteve desde sempre à frente do exército no combate à fome e aos menos protegidos.
Possamos, pois, todos e todas, continuar a doar os alimentos que vão sempre fazer a diferença na casa de quem os recebe.
Com igual valor humanitário e desde 2010, o Banco Alimentar da Terceira segue na mesma luta, indo ao encontro dos que necessitam naquela Ilha de Jesus Cristo.
2 – Desde há muito que defendo o consumo preferencial dos nossos produtos em primeiro lugar. A qualidade nem sequer é questionável, porque são dos melhores. E ao consumirmos o que é nosso, ajudamos milhares de pessoas que trabalham nas diversas indústrias e fábricas. Ajudamos a nossa economia que nestes tempos difíceis precisa ser relançada com mais vigor. E, principalmente, ajudamo-nos a todos nós, como uma economia mais forte onde todo o cidadão sai beneficiado.
Nesta época de Natal, oferecer um produto açoriano é algo de qualidade superior e muito apreciado por quem recebe, seja para amigos no exterior das Ilhas ou no estrangeiro.
‘Consumir Açoriano’ deve ser a palavra passe deste e de todos os Natais.

 

*lusologias@gmail.com

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