MiratecArts: 10 anos, 10 colaboradores
Terry Costa

MiratecArts: 10 anos, 10 colaboradores

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“Quando coloquei o meu nome e o nome de cada um dos colaboradores que estão connosco desde a primeira hora, estas foram as imagens que apareceram.”

 

O último trimestre de 2011 foi uma labuta à procura do nome ideal para dar à nossa associação. Não aceitavam Mirateca - talvez por ser uma localidade, a sede da entidade. MiratecArts foi assim legalizada, no início de 2012, e registada como associação cultural. Começamos com “workshops”, oficinas de teatro e conversas, a incentivar a criação, levando o mote “juntes conseguimos mais” aos 19 concelhos na Região Autónoma dos Açores.
São milhares as fotos que nos relembram dos milhares de eventos e dos momentos já criados; lembram-nos dos mais de 2200 artistas que pisaram a bagacina na nossa sede, oriundos de todas as ilhas dos Açores, da Madeira, do norte a sul de Portugal Continental e de 64 países.
O algoritmo do facebook, a rede social que temos mais presença (a chegar aos 20 mil) e que usamos para promover os eventos e arquivar imagens, escolheu as fotos aqui a acompanhar esta escrita. Quando coloquei o meu nome e o nome de cada um dos colaboradores que estão connosco desde a primeira hora, estas foram as imagens que apareceram. Estes 10 fazem parte dos primeiros 100 que se inscreveram na associação através da plataforma www.discoverazores.eu que transborda com cerca de 800 talentos das 9 ilhas dos Açores. Muitos se apresentaram através do Azores Fringe Festival, o primeiro dos projetos que abraçam o que se faz no meio do oceano Atlântico.
Alzira & Conceição Neves, as gémeas da Escola Regional de Artesanato de Santo Amaro foram as primeiras. Ainda antes de sermos uma entidade oficial, já elas tinham o panfleto na parede daquela sala oficina, que ainda hoje podemos ver ao lado de fotos de presidentes e de estudantes que passaram pela escola. Todos os anos participam como podem. Acreditaram no projeto e nunca o abandonaram como a Carolina Cordeiro, a mulher que revê o português da maioria dos textos que saem do nosso escritório, para os órgãos de comunicação social. A Carolina já recebeu o Prémio Estrela MiratecArts pelas centenas de horas voluntárias dedicadas à causa.
Inês Ribeiro, no início vinha sozinha, depois juntou-se o seu parceiro Nelson Lopes e agora o seu rebento, a Maria, sendo a primeira família Fringe. O João da Ilha estreou-se no palco na praça da Madalena, entre artistas da Nova Zelândia, do Canadá e de outras paragens de aventuras regulares em vários projetos.
O Manuel Azevedo já vem de outra era da minha vida, mas aqui fez questão de participar com os seus livros e, uns anos mais tarde, de se juntar à lista de parceiros apresentadores com a Paim Bookhouse Gallery. A Maria Simões e a sua criação LUNA, a palhaça, é uma figura permanente no Fringe - não só no Pico, mas também saltitando pelo Corvo e ainda num veleiro inter-ilhas.
A Nina das Flores, como a maioria a conhece, fez parte das nossas primeiras apresentações e, no ano seguinte, começou a dar visibilidade ao ponto mais ocidental da Europa com o Valzinho, na Fazenda. Engraçado que até o facebook não pode deixar outra figura florentina de fora, pois a foto que apareceu, quando pesquisei pela Nina, veio com “a madrinha” Gabriela Silva, que se juntou à associação no segundo ano.
Pedro Paulo Câmara, o primeiro a receber o Prémio Escrita MiratecArts, que neste ano celebratório planeamos publicar; Rafael Carvalho, um dos maiores incentivadores para a fundação do Cordas World Music Festival e o investimento na promoção da Viola dos Dois Corações; e, ainda, a Vera Bettencourt, desde a primeira exposição de ilustração ao livro “Néveda nos Açores.”
Estes foram 10 que não exitaram a se juntar no início e hoje continuam a contribuir. Fazem parte desta família que é a MiratecArts e alimentaram a sua primeira década com programa anual. Claro que há mais nomes que vieram logo a seguir e hoje continuam… e a porta continua aberta: juntem-se a discoverazores.eu se vivem numa das 9 ilhas ou, se são de cá, mas por alguma razão tiveram que sair do arquipélago.
A história reflete-se no que fazemos, nos eventos públicos, nos encontros, nas conversas online, nos álbuns de fotografias, nos livros, na dança, no teatro, na música, na pintura, na escultura, nas memórias de tanta gente... uma explosão artística dos Açores para o mundo! Só conta quem faz parte. Obrigado a todes que contribuíram e, especialmente, a quem continua, porque juntes conseguimos mais!


* Diretor Artístico, MiratecArts

 

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