Carta ao meu neto por nascer
José Soares

Carta ao meu neto por nascer

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Peixe do meu quintal

Pela altura em que a tua mãe se encontrava no útero da tua avó (por volta dos inícios de 1970s) chegou-me às mãos um livro do MIT (Massachusetts Institute of Technology), onde um tal Professor Denis Meadows apresentava um exaustivo estudo sobre o desgaste próximo futuro que a humanidade daria ao planeta. Com o título “The Limits to Growth” ou, em português “Os limites do Crescimento “, o Dr Meadows ponha as cartas na mesa com toda a transparência que os seus dados científicos lhe proporcionavam.
O seu relatório era sobre o crescimento exponencial económico e populacional da Humanidade, face ao limitado e finito fornecimento dos recursos naturais que o planeta disponha. Dava então um tempo de ruptura e possível gravidade existencial, se nada fosse feito num tempo imediato. O limite e ponto de colisão da rota tomada, seria por volta do ano de 2040.
“The Limits to Growth (LTG) is a 1972 report on the exponential economic and population growth with a finite supply of resources, studied by computer simulation. The study used the World3 computer model to simulate the consequence of interactions between the earth and human systems.https://dash.harvard.edu/handle/1/37364868.”
Outros estudos mais recentes sobre o trabalho computadorizado do Dr Denis Meadows, com as tecnologias mais precisas e avançadas do que as utilizadas pelo estudo original, além de confirmarem a precisão extraordinária de tal estudo, avançam os limites de muitos recursos naturais do planeta para o ano de 2030.
Com todas estas apocalípticas afirmações, apetece-me perguntar-te se tencionas mesmo nascer.
Há um ano atrás eu deixava escrita a esperança no 2021. Tínhamos passado um mau ano e 2020 deveria ser arrancado de todos os
Calendários e enviado para as Calendas Gregas.
Enganei-me. Continuamos em 2021 e entramos em 2022 com o mesmo problema epidémico.
Não querendo alimentar teorias da conspiração, mas se o início deste vírus foi (dizem) uma fuga de laboratório na cidade chinesa de Wuhan, originando o fabrico de biliões de máscaras, vacinas, biliões de litros de álcool e seus recipientes, bem como toda a espécie de desinfetantes, luvas, detergentes e o desgaste quadruplicado de água potável para lavar as mãos mais vezes, então conhecendo a força económica gigantesca em todo o mundo das grandes companhias farmacêuticas, quem nos assegura de não continuarem com fugas de laboratório de variantes familiares de um qualquer vírus que continue a fazer vender vacinas e máscaras aos biliões.
A corrida está perdida na sua forma atual. A Humanidade irá pagar um incalculável preço pelo menosprezo dos avisos dados pelos cientistas.
Resta-me aquela réstia de confiança que sempre depositei nesta Humanidade que, no limite, sempre encontra uma saída salvadora.
Meu neto. Nasce. Sai para este mundo que, apesar de tudo, ainda vale a pena. Afinal, não temos outro !!!!!
E talvez sejas a epifania da solução forçada.

 

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