Desenhos animados ou formas de sermos mais felizes?
Patrícia Carreiro

Desenhos animados ou formas de sermos mais felizes?

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“Quando pedes um desejo a uma estrela, não interessa quem és.”

Perdi a conta às vezes que vi o Rei Leão ou o Toy Story com os meus irmãos ou, mais recentemente, a Rapunzelou a Branca de Neve com a minha filha.
Independentemente do formato, o mundo Disney sempre fez parte do meu imaginário e da minha vida. Cheguei a ir para a casa de amigas e vizinhas ver estes clássicos da Disney, até que depois já tinha o leitor de DVD em casa e via estes filmes no meu aconchego.
Era tudo muito diferente de hoje, pois agora temos num canal todos os filmes da Disney, os clássicos e os mais recentes, e até alguns comandos de televisão já trazem o botão da Disney+. Tudo facilidades!
Seja como for, eu gosto da Disney e quando descobri o livro “Criatividade”, de Ed Catmull, Presidente da Pixar e da Disney Animation, com o BuzzLightyear na capa em posição de mestre, percebi logo que aquele livro tinha que ser a minha prenda de Natal:  de 2020!
No entanto, só agora, no Natal de 2021, é que o terminei de ler. Um ano para ler um livro? Não foi bem assim. Li outras coisas pelo meio, em outros estilos literários, e voltava a este como quem vem beber ensinamentos de trabalho em equipa e de criatividade.
De filme em filme, Ed Catmull traz-nos as peripécias de cada desafio que a Disney e a Pixar enfrentaram, juntas e separadas, e nunca mais vi a Disney com os mesmos olhos.
Como é possível que criar um filme para nos entreter seja uma forma tão interessante de nos ensinar a sermos melhores colegas ou chefes no trabalho? Ou mesmo melhores membros na nossa família? Pois é. Estes filmes não são só desenhos animados! São mensagens animadas e, acima de tudo, reais.
São muitas as vozes deste livro, pois o seu autor fala de imensos colegas de trabalho e realça a importância do que aprendeu com os mesmos. Mas a maior referência vai para Steve Jobs, e é quase como se o conseguíssemos conhecer melhor através destas páginas.
O famoso Steve Jobs, que do alto dos seus tamancos poderia – e foi – quem quis, prometeu ser leal à equipa que criou a Pixar, onde Ed Catmull se incluía, e foi isso que marcou a diferença no sucesso desta empresa. Será tão difícil assumirmos o nosso lugar e perceber que aceitar as ideias do outro não é deixar que ele estique a perna à frente da nossa, mas sim que todos vençam? Sim, é tão difícil. No entanto, com mestres como os que encontramos neste livro a liderança e a criatividade podem mesmo ser muito mais fáceis!
A criatividade não cai do céu, nem tão pouco vem de barco e aterra à nossa frente. É fruto de muito trabalho, perseverança e confiança naquilo que queremos que seja a nossa história. Posto isso, aprendi que o medo deve mesmo ficar lá fora quando decidimos que vamos criar um novo texto, um novo podcast ou apenas uma nova estratégia de trabalho com a nossa equipa. O truque é comunicar, de olho no olho, sem qualquer receio ou tramoia por detrás das nossas palavras. E não será esta a dificuldade da nossa vida inteira? Claro que é. Seja pessoal ou profissionalmente.
Por isso, recomendo vivamente a leitura deste livro, a minha primeira sugestão para este novo ano, para que o medo não bloqueie a nossa inspiração e para que acreditemos que se pedirmos com muita força e se trabalharmos com todo o coração os nossos sonhos realizam-se mesmo. E eu sei bem o que isso é!

Feliz ano novo com muitas leituras e, claro, criatividade!


*Editora da 9idazoresnews.com

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