Porque é que vais casar  com a pessoa errada
Dionísio Fernandes

Porque é que vais casar com a pessoa errada

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É sempre uma delícia reler Soren Kierkegaard (filosofo dinamarquês), especialmente a sua explicação para: “porque é que vais casar com a pessoa errada”, na qual, escolhemos em função de voltarmos ao mesmo porque voltamos ao que nos é familiar, em vez de arriscar e procurar alguém que nos indique o caminho para alguma felicidade.
Antes de continuar, devo esclarecer que, o que escrevo é baseado em ideias que seguidamente se formam em hipóteses sobre o comportamento humano. São opiniões e nunca alguma será uma verdade absoluta.
Sabendo que a esperança é aquilo que nos guia e acaba por definir o que é o amor, e que nos dá a ideia de sucesso quando encontramos a pessoa certa. Só que a esmagadora maioria das pessoas não encontrará a tal certa, e mais tarde sucesso será encontrar uma pessoa boa-o-suficiente. E uma das razões para que isto seja assim, é que somos humanos, e assim sendo, é difícil viver connosco. Podemos achar que não, que é fácil, mas não é.
Os amigos, a nossa família, sabem mais sobre nós do que nos é possível saber em mais de 40 anos de vida neste planeta. Não nos dizem porque nos amam. Já os inimigos é outra coisa. Podemos aprender com eles muito sobre nós, e talvez filtrar um pouco.
Portanto, quando temos alguma auto consciência, passamos a estar viciados nos outros, pessoalmente, ou através das redes sociais, e menos concentrados em nós. O que acaba por ser um desastre, porque precisamos gostar de nós, e mudar internamente sempre que possível, para nos darmos bem com os outros.
Outro ponto que dificulta as relações é a nossa incapacidade de mostrar as nossas vulnerabilidades. De mostrar ao outro que precisamos dele, que amamos e queremos ser amados, que sabemos cuidar e que queremos ser cuidados. Sem que usem isto contra nós. Que estamos dispostos a aceitar os erros e os defeitos do outro, e esperamos que aceitem os nossos.
O que me leva a isto: a maturidade. Sim, isto é maturidade. Porque não somos mais a criança que rejeita o outro porque ele não alinha connosco.
Maturidade é a ambivalência. Aprender a odiar e amar a mesma pessoa. A falta de maturidade é o que acontece com a maioria que começa uma relação com a idealização do outro e acaba por o denegrir.
Maturidade é ver mais que santos e pecadores.
Para a semana há mais
Haja saúde

 

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