Xalim, nome de guerra nas balizas do Santa Clara num tempo de grandes futeboladas no Jácome Correia. Quer recordar alguns episódios desse tempo? Como é que tudo começou?
Tenho boas recordações do Jácome Correia, onde tudo começou. Lembro-me dos jogos do Santa Clara contra o União Micaelense, porque era eu contra o meu irmão. Havia sempre umas conversas lá em casa, em que o meu irmão dizia: “É hoje que eu vou marcar-te um golo!”.
Depois, grandes recordações dos jogos do Santa Clara na 3ª Divisão, os jogos do Oliveirenses...enfim, bons tempos.
O que é que mais o marcou naquela altura na passagem pelo Santa Clara?
O que mais me marcou na minha passagem pelo Santa Clara foi não ter subido de Divisão e também a não subida pelo Oliveirenses, derivado a política financeira.
Quais os jogadores que mais te impressionaram?
Os jogadores que mais me marcaram foram o Zé Maria, o Pedrinho, o Farias, o Fuzeta, o Mariano e outros.
Nunca tiveste ambição de voar mais alto? Ir para fora da ilha...
Foi sempre o meu sonho. Por isso é que deixei o Santa Clara e fui para o Oliveirenses. Tive um contrato de promessa com o Estoril Praia, quando o treinador era o Mário Nunes, mas vida militar não permitiu este sonho.
Como vê o futebol de então e o de hoje?
Na minha opinião jogávamos melhor futebol e sentíamos mais a camisa. Agora é só um negócio.
Segue muito o Santa Clara?
Quando posso, mas perdi o interesse, porque o que se tem passado com este grande clube...
Como é que tem sido a vida nos EUA?
É a vida de um imigrante: trabalho-casa e treinando os guarda redes de algumas escolas.
Obrigado por esta oportunidade e vai daqui um abraço a todos os meus amigos Santaclarenses e às pessoas do Oliveirenses.
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