Açores e Madeira juntos na defesa das pescas na União Europeia
Diário dos Açores

Açores e Madeira juntos na defesa das pescas na União Europeia

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Os Açores e a Madeira querem integrar os organismos nacionais que negoceiam as políticas de pesca na União Europeia, sobretudo ao nível da definição de quotas de pescado, indicaram os secretários que tutelam o sector nas regiões autónomas.
Manuel São João, Secretário do Mar e Pescas dos Açores, que terminou uma visita de dois dias à Madeira, apoiou o seu homólogo na necessidade de criar uma “frente insular permanente” em Lisboa.
“Estamos convictos que se articularmos entre as duas regiões autónomas aquilo que vamos transmitir a Lisboa, e até nas instâncias comunitárias, isso terá um peso muito maior e a decisão tenderá a ser mais favorável às regiões autónomas”, disse Manuel São João, numa conferência de imprensa, no Funchal.
“Queremos estar presentes na mesma sala onde esses senhores tomam as decisões, nomeadamente na atribuição da quota dos tunídeos”, afirmou Teófilo Cunha, Secretário Regional do Mar e Pescas da Madeira.
As frotas de pesca madeirense e açoriana partilham a quota anual de 100 toneladas de atum rabilho, cuja safra começa em breve, e gerem em conjunto 85% da quota nacional de atum patudo (2.800 toneladas) e atum voador (1.900 toneladas).
No total, a frota dos Açores é composta por 535 embarcações, ao passo que a da Madeira conta apenas com 84, das quais 24 são espadeiros (peixe-espada preto), 21 atuneiros, três ruameiros (cavalas e chicharros) e 36 polivalentes.
“As regiões autónomas não podem estar a resolver problemas que são comuns a ambas em separado, porque juntos – este é o ditado – somos mais fortes”, afirmou o governante madeirense, alertando para a necessidade de se negociar também a renovação das frotas regionais.
Por outro lado, o Secretário do Mar e Pescas dos Açores alertou para os “constrangimentos” provocados por obras em simultâneo em dois interpostos frigoríficos – Vila do Porto (Santa Maria) e Horta (Faial) –, ao que se seguirá uma intervenção, com fundos comunitários, na infra-estrutura de Madalena do Pico, que representa metade da capacidade de congelação dos interpostos dos Açores – 2.500 toneladas.
Manuel São João advertiu que as obras vão criar “constrangimentos” na safra de atum de 2022.

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