Septuagenário francês que atravessava o Atlântico numa canoa está desaparecido quando rumava a P. Delgada
Diário dos Açores

Septuagenário francês que atravessava o Atlântico numa canoa está desaparecido quando rumava a P. Delgada

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Está ainda desaparecido o aventureiro francês, septuagenário, que pretendia atravessar este ano o oceano Atlântico numa canoa a remos.
Jean-Jaques Savin celebrou 75 anos a 14 de janeiro, em alto mar, a bordo da “Audaz”, a canoa de oito metros de comprimento por 1,70 metro de largura com que pretendia atravessar a remo o Atlântico.
Largou de Sagres, no sul de Portugal, a 1 de janeiro, e estaria algures entre a ilha da Madeira e da de São Miguel, nos Açores, quando acionou na madrugada de sexta-feira os sinais de socorro.
A última mensagem do marinheiro septuagenário foi publicada quarta-feira na respetiva página de Facebook, revelando estar a caminho do porto de Ponta Delgada, onde esperava reparar alguns problemas técnicos que a canoa apresentava, nomeadamente no painel solar, responsável por recarregar as baterias elétricas essenciais para o purificador de água do mar.
A canoa foi localizada na sexta-feira, ao largo dos Açores, pelas autoridades marítimas portuguesas, numa operação conjunta com equipas de resgate norte-americanas e francesas.
No sábado, a canoa foi encontrada, virada em alto mar.
 Num primeiro momento, foi divulgado que um mergulhador teria conseguido descer, entrar na cabine da embarcação e encontrado o cadáver de Savin, mas tal não se verificou e já foi desmentido.
 O marinheiro mantém-se desaparecido.
“Nas ações de busca e salvamento, que decorreram até ao final do dia de ontem, 22 de janeiro, foram empenhados um total de 11 navios mercantes, três aeronaves da Força Aérea Portuguesa, um EH-101, um C295 e um P3, e o navio da Marinha que permaneceu na área até ao final das ações”, lê-se no comunicado publicado domingo.
A Marinha portuguesa aprofundou as explicações: “Durante as ações de busca e salvamento, o primeiro navio mercante divergido para a posição do alerta indicou ter avistado a embarcação e o navegador na madrugada de sexta-feira, 21 de janeiro, contudo quando se aproximou da embarcação indicou que a mesma se encontrava sem o homem.
A embarcação foi visualizada voltada ao contrário, com o casco para a superfície, por vários navios mercantes e pelas aeronaves da Força Aérea, tendo-se intensificado as buscas pelo homem, nas imediações da embarcação, sem sucesso.
Um dos navios mercantes recolheu um saco impermeável que continha no seu interior a documentação de identificação do navegador”. As buscas terminaram no final do dia de sábado, “sem que fosse possível encontrar a vítima”, tendo sido mantido “um aviso à navegação” para que os navios que circulem pela região “estejam atentos à possibilidade de ser avistado o náufrago”. Jean-Jaques Savin tornou-se famoso pela travessia do Atlântico, em 2019, a bordo de uma embarcação em forma de barril, que foi transportada pelas correntes marítimas durante 127 dias de El Hierro, em Espanha, até Porto Rico, nas caraíbas.

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