Investigadores japoneses descobriam, em laboratório, que a variante Ómicron sobrevive mais tempo em superfícies de plástico e pele humana do que as versões anteriores do coronavírus.
A descoberta, noticiada ontem pela Reuters, refere o estudo japonês citado na revista cientifica bioRxiv e informa que nas superfícies de plástico, as variantes Alpha, Beta, Gamma e Delta sobrevivem, em média, 56, 191,3, 156,6, 59,3 e 114 horas respectivamente.
Já a variante Ómicron mantém-se activa durante 193,5 horas.
Quanto à pele humana, os investigadores (que recorreram à pele retirada de cadáveres) concluíram que a variante detetada na África Austral, em Novembro de 2021, sobrevive 21,6 horas.
A versão original do vírus sobrevivia 8.6 horas, enquanto que a Alpha mantém-se activa durante 19,1, a Beta 11 horas, a Gama 16,8h horas e a Delta 21,1 horas.
No entanto, refere o estudo, na pele, todas as variantes eram completamente inativadas 15 segundos depois de serem expostas a desinfetantes à base de álcool.
“Por isso, é altamente recomendável que para controlo da infeção actual a rotina de higiene das mãos use desinfetantes como proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, concluem os investigadores.
A variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde, foi detectada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em Novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
Ao Jornal Económico, o Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge (INSA) admite que pico de infecções chegue “mais tarde do que esperado” e que nunca o vírus da Covid-19 circulou com tanta intensidade.
No entanto, a gravidade mantém-se abaixo do observado no Inverno de 2021.