Bloco defende caminho sustentável para o fim das propinas nas licenciaturas
Diário dos Açores

Bloco defende caminho sustentável para o fim das propinas nas licenciaturas

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O Bloco de Esquerda tem propostas para eliminar as principais barreiras ao acesso ao ensino superior nos Açores: criação de uma bolsa pública de habitação a preços acessíveis, implementação do passe sub-23 nos Açores e a eliminação das propinas de forma faseada e sustentável.
A candidata do Bloco à Assembleia da República pela Região, que esteve reunida com a Associação Académica da Universidade dos Açores, identificou os preços da habitação e dos transportes e o valor das propinas como os principais entraves ao acesso à Universidade dos Açores.
Jessica Pacheco considera que há “falta de oferta de alojamento para os estudantes” porque “os preços em Ponta Delgada continuam muito elevados”, e diz que “a solução passa pela criação de uma bolsa pública de arrendamento a preços acessíveis”, que daria resposta aos estudantes e faria baixar os preços do mercado de uma forma geral.
Quanto aos transportes, a candidata do Bloco assinala que os Açores são a única região do país que ainda não implementou o passe sub-23, que dá desconto aos estudantes nos transportes públicos. Uma situação que coloca os estudantes da universidade dos Açores em desvantagem.
“A maior barreira são as propinas”, sublinhou Jessica Pacheco.
Na legislatura anterior, por proposta do Bloco de Esquerda, foi possível baixar significativamente o valor das propinas, “mas queremos ir mais além: o objectivo é eliminar as propinas das licenciaturas, num modelo faseado, até 2023, para permitir a sustentabilidade da medida, e reduzir as propinas para mestrados e doutoramentos, que continuam a ser exorbitantes”, assinalou a candidata.
“Não queremos o caminho da maioria absoluta do PS, que se esqueceu do financiamento à Universidade dos Açores, mas também não queremos o caminho à direita, que não tem soluções para os estudantes”, referindo-se especificamente à proposta da Iniciativa Liberal que previa o endividamento do estudante durante 30 anos, com uma taxa de 3%, para pagar a sua formação superior.
“Aliás, a direita toda, quando pode, quer deixar os estudantes para trás, quer deixar os trabalhadores para trás, quer deixar os pensionistas para trás”, referiu ainda a candidata.
Jessica Pacheco assinalou que a Universidade dos Açores é um pilar da autonomia, porque traz conhecimento e desenvolvimento à Região, e alertou para a “atenção especial” que a academia açoriana merece do Governo da República ao nível do financiamento, tendo em conta as suas características específicas, nomeadamente a insularidade e o facto de estar dividida em três pólos.

 

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