Mais de 6.700 pessoas estão infectadas em São Miguel
Diário dos Açores

Mais de 6.700 pessoas estão infectadas em São Miguel

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Nas últimas 24 horas de ontem foram diagnosticados 1.393 os novos casos positivos de Covid-19, sendo 802 em São Miguel, 426 na Terceira, 67 no Faial, 39 no Pico, 31 em São Jorge, 18 nas Flores, 9 em Santa Maria e 1 na Graciosa, resultantes de 4.155 análises.  
Em São Miguel foram registados 390 novos casos positivos em Ponta Delgada, 243 no Concelho da Ribeira Grande, 68 no Concelho da Lagoa, 65 no Concelho de Vila Franca do Campo e 36 no Concelho de Nordeste.
Na Terceira foram registados 287 novos casos no Concelho de Angra do Heroísmo e 139 no da Praia da Vitória.  
O Faial registou 67 novos casos positivos no Concelho da Horta.  
No Pico há 22 novos casos positivos no Concelho da Madalena, 10 no de São Roque e sete no das Lajes.  
Em São Jorge foram diagnosticados 24 novos casos positivos no Concelho de Velas e sete no Concelho da Calheta
A ilha das Flores registou 13 novos casos positivos no Concelho de Santa Cruz e cinco no das Lajes.  
Em Santa Maria foram registados nove novos casos positivos no Concelho de Vila do Porto.  
A Graciosa registou um novo caso no Concelho de Santa Cruz.  
À data de ontem estavam 53 pessoas internadas, sendo 38 no Hospital do Divino Espírito Santo, em São Miguel (2 em cuidados intensivos), 12 no Hospital de Santo Espírito da ilha Terceira (um em cuidados intensivos) e três no Hospital da Horta, no Faial (um em cuidados intensivos).
Nas últimas 24 horas de ontem foram registadas 706 recuperações.      
O arquipélago registava ontem 9.210 casos positivos activos, sendo 6.785 em São Miguel, 1.627 na Terceira, 295 no Faial, 289 no Pico, 109 em São Jorge, 49 nas Flores, 32 na Graciosa e 24 em Santa Maria.
Desde 31 de Dezembro de 2020 e até 26 de Janeiro corrente, 206.258 pessoas tinham nos Açores a vacinação primária completa (87,2%) da população e 80.567 tinham já recebido a dose de reforço (34,1%).  

Portugal já entrou na endemia,
segundo Pedro Simas

Portugal já entrou na fase de endemia de Covid-29 e deve voltar à normalidade, protegendo os grupos de risco e acabando com o uso generalizado de máscara e com os isolamentos, defendeu ontem o virologista Pedro Simas
O investigador do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa adiantou que concorda com o Director da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, que admitiu recentemente que a pandemia pode acabar em breve nesse continente.
“Concordo com a OMS. Esta é a evolução normal dos vírus e das pandemias. É isso que a ciência nos diz ao longo dos últimos 100 anos”, referiu Pedro Simas, para quem as assimetrias de vacinação ainda existentes entre vários países europeus está a fazer com que se demore a declarar a transição de pandemia para endemia.
No Domingo, o responsável da OMS para a Europa, Hans Kluge, considerou que, perante o recente aumento de casos de contaminação provocados pela variante Ómicron, as políticas de saúde devem agora centrar-se em “minimizar a disrupção e em proteger as pessoas vulneráveis”, em vez de procurar diminuir a intensidade da transmissão do vírus.
De acordo com Pedro Simas, no caso de Portugal, que tem cerca de 90% da população com a vacinação completa contra a Covid-19, os números dos cuidados intensivos mantêm-se “muito estáveis”, o que prova a eficácia da vacina contra a doença grave e morte.
“Não deve haver ninguém em Portugal que não tenha imunidade para este vírus”, adquirida através da vacina, mas também da imunidade natural gerada pela infecção com o coronavírus SARS-CoV-2, a qual deve atingir já cerca de 60% da população, referiu o virologista.
Perante esta taxa de imunização, “tem de se voltar à normalidade” com algumas exceções, que passam pela vacinação dos grupos de risco com a terceira dose — idosos e pessoas com doenças associadas -, que podem continuar a usar máscara, avançou.
Para o investigador, o uso generalizado da máscara deixou de ser necessário nesta fase, a testagem de despiste do SARS-CoV-2 deve apenas ser feita “em contexto hospitalar” e cabe às famílias “fazerem a sua autogestão” através de testes.
“É muito importante que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge continue a monitorizar as variantes, mas não é expectável que apareça uma variante que destrua a nossa imunidade protetora. Em princípio, isso não vai acontecer”, disse Pedro Simas, para quem “Portugal já entrou em endemia há bastante tempo”.
Relativamente aos confinamentos, Pedro Simas adiantou que, atualmente, “não são muito eficientes”, até porque o país continua com uma taxa alta de infeções de SARS-CoV-2.
“Temos de assumir a nossa condição, e não estando o Serviço Nacional de Saúde em `stress´ (cuidados intensivos), não faz sentido isolar as crianças e famílias inteiras em casa, quando nem sequer é um confinamento absoluto”, avançou.
De acordo com o especialista, confinar cerca de 10% da população — cerca de um milhão de pessoas – “acaba por interferir na sociedade”, sem que isso tenha um efeito na prevenção das infeções.
“Houve alturas de confinamentos severos e totais, houve alturas de testar, houve alturas de vacinar e até com a terceira dose, agora é altura de não testar e de desconfiar”, preconizou Pedro Simas, ao salientar que estas decisões têm de ser tomadas com base na ciência.
Tendo em conta que nos próximos dias o mundo vai atingir o marco “histórico” de 10 mil milhões de vacinas administradas, o virologista estima que, dentro de poucos meses, a OMS possa anunciar que a “pandemia vai acabar este ano”, considerando não apenas a população mundial vacinada, mas também a imunidade natural adquirida pela infecção.
“A urgência de vacinar outros países já passou, porque se perdeu esta oportunidade”, avançou o investigador, segundo o qual a disseminação da variante Ómicron a nível global pode representar o “fim da pandemia no mundo inteiro”.

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