Isto de ver televisão tem dias. Dias para filmes, séries, sitcoms, noticias noutras línguas, futebol, mas, uma vez ou outra, sou apanhado pelos écrans das nacionais, e, depois de ver estes últimos dias de campanha eleitoral, as voltas e carambolas das “consciências morais” dos candidatos, esta é a frase que me parece evidenciar-se:
Diz-me com quem danças.
Evito, porque não é fácil assistir diariamente ao teatro televisivo da campanha eleitoral.
Sobe-me logo a tensão.
Depois de chamar a isto de dança, reconheço que também poderia chamar-se teatro, teatro político. Porque é o que é. Mentiras atrás de mentiras, drama, e drama com insultos à mistura, comédia. Os ingredientes de uma coisa a que decidiram chamar de campanha eleitoral. Que depois de analisada podemos sentir uma espécie de vergonha alheia.
A situação que estamos a viver envergonha quem pensa.
Mas ela acaba por ser um reflexo do resto das nossas vidas, onde poucos, muito poucos, assumem o compromisso/empenho com alguém como algo não negociável. Algo a manter até ao último fôlego.
O mundo não pode ser este manicómio em que vivemos.
Haja saúde.