Um abraço de parabéns sempre é da hora...

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Há dez dias o nosso Diário dos Açores completou 152 anos de ousadia.
Porque mais do que celebrar 152 anos “ao serviço dos açorianos”, o Diário dos Açores celebra uma trajetória de ousadia. Sim, ele já nasceu ousado, corajoso, livre, impertinente com a mesmice, comprometido com a informação responsável e isento de preconceito. Muitos outros atributos foram adicionados de geração em geração e muito bem documentados. Afinal, é o segundo mais antigo diário de Portugal e o primeiro dos Açores.
Confesso que o seu aniversário passou batido. Imperdoável o esquecimento e a indelicadeza, já que tenho o grande prazer de integrar o grupo de colaboradores que, anos a fio, estão em suas páginas trazendo a sua opinião sob diferentes maneiras ou a sua maneira. Vozes a falar de distantes geografias, como eu que da Ilha de Santa Catarina, no sul do Brasil, tenho o privilégio de ter meus escritos acolhidos no seu prestigiado espaço. O abraço agradecido ao diretor, Dr. Paulo Hugo Viveiros. Minha admiração e gratidão ao diretor executivo, Osvaldo Cabral, o jornalista dono de uma pena atrevida com seus editoriais subtis, acutilantes, corajosos e sem amarras, tal qual o próprio Diário dos Açores.
Assim, embora atrasado aqui vai o meu “postal de aniversário” ou “cartão de aniversário” como é o costume na margem de cá. No abraço grande, afetuoso e amigo segue os votos potencializados de longa vida ao nosso Diário dos Açores. Este querido amigo que todos os dias chega a nossa casa, mesmo que seja pelo simples tocar de uma tecla, via internet, e sem o cheiro inconfundível da tinta impressa no papel. Chega trazendo a informação precisa, pertinente e com rigor, própria de quem faz um jornalismo sério, que detém a confiança e o crédito de seus leitores no desempenho de sua missão de orientar, esclarecer, formar e educar seu público. É um jornal de feitio regional bem se vê e, assim, representa-se e orgulha-se. Entretanto, vai além da sua representação regional das nove Ilhas (ou nove bairros). De um lado, volta-se para o localismo, a informação virada para o quintal de cada açoriano. Por outro agiganta-se e, como uma grande nau, aventura-se por outros mares abrindo suas janelas de par em par para o mundo – o seu universo multicultural. Das suas janelas escancaradas passa o vento da comunicação independente e responsável. Por elas escuta e dá voz à sociedade das Ilhas e do mundo da diáspora e não só...
Sim, há 152 anos, de edição em edição, o Diário dos Açores afirma-se, dignifica e valoriza o jornalismo profissional e ético, fazendo história e planeando os caminhos do amanhã. Aliás, acredito que seu maior desafio nesses últimos anos, quando da invasão do “novo coranavirus”, que virou o nosso mundo de ponta cabeça, matando milhões de pessoas em todo o planeta,  foi ser o porta voz da informação verdadeira, de qualidade e com transparência absoluta para transmitir segurança ao leitor, de todo o Arquipélago por lugares distantes como a humilde Canada do Manquinho, na Ilha do Corvo. O mundo da pandemia da Covid19, de 2020  e 2021, roubou-nos o sossego e foi a imprensa responsável que  orientou e deu forças de enfrentamento à população. A mesma imprensa que saudou o nascer do 2022, o ano da pós-pandemia, como um novo renascer, do esperançar um futuro melhor para toda gente.
Parabéns, meu querido Diário dos Açores!
Que este seja o aniversário, marco da renovação, da inovação, do futuro da sustentabilidade social e económica e, sobretudo, marco na defesa da causa açoriana e da busca contínua do desenvolvimento pleno dos Açores e dos açorianos.
Bem haja!

* Vice Presidente do Conselho Municipal de Educação de Florianópolis / Escritora da ACL

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