SATA: Novas ligações, novas perspetivas
Pedro Pinto

SATA: Novas ligações, novas perspetivas

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Nos últimos dias o tema dos transportes aéreos voltou à ordem do dia.
Como tem sido hábito ao longo dos anos várias são as vozes que na ilha de São Miguel, naturalmente por ser aquela que mais habitantes e jornais tem, manifestam a sua opinião sobre a temática.
Umas vezes mais coincidentes, outras mais divergentes entre si!
Desta vez, parece que os sinos tocaram a rebate: vai haver mais ligações aéreas a partir da ilha Terceira! Parece que se mexeu no status quo e é um tal frenesim a tirar fantasmas do armário.
Constatamos, que agora já é com um visível à-vontade que se invoca o estado das finanças da nossa companhia aérea SATA; o passivo (que lhe foi construído ao longo de muitos anos de silêncios); de rotas deficitárias (que para alguns só existem porque a SATA voava para outras ilhas); até há quem assuma que a companhia aérea existe e deve estar para o serviço dos interesses de alguns!
De facto, a SATA deve estar ao serviço, mas ao serviço dos interesses dos Açores, de todas as 9 ilhas! Para isso é que faz sentido ter uma companhia aérea pública numa região isolada no meio do Oceano Atlântico.
 No dia em que não tivermos uma companhia aérea que nos possa servir ficaremos completamente à mercê das outras companhias aéreas, da vontade de quererem voar para cá, do que elas quiserem cobrar (como já querem) e quando lhes interessar voar (como já o fazem); mas ao cidadão comum isto não é evidente, porque corre tudo bem, há muitos voos e até com preços simpáticos!
A nossa SATA garantiu que as ilhas de Santa Maria, Pico e Faial continuassem ligadas ao mundo, quando a TAP decidiu deixar de voar para essas ilhas. O que se teria feito e quanto teria custado se não tivéssemos a SATA? O interesse destas ilhas foi defendido. E ao defender os interesses destas ilhas não se está a defender os Açores? Nos últimos dias foram anunciadas novas rotas a partir da ilha Terceira.
O que foi acontecer!
 Ainda por cima, a Vice-Presidência do Governo, através da Aerogare Civil das Lajes criou as facilidades necessárias para que fosse possível chegar a um entendimento entre a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo e a SATA para a realização das novas rotas anunciadas. Percebeu-se, claramente, que para algumas pessoas isto é uma espécie de sacrilégio!
 Ao longo de vários anos houve chamadas de atenção e protestos vindos de diversos setores de várias ilhas relativamente à concentração dos transportes aéreos numa só ilha do arquipélago. Como é público, o CDS-PP deu voz a muitos desses protestos.
O nosso Grupo Parlamentar ao longo de vários anos manifestou-se na Assembleia Legislativa sobre o modelo de transportes aéreos nos Açores, tendo o nosso Presidente Artur Lima, defendido com afinco ligações aéreas que servissem com equidade todas as ilhas.
 Nesta matéria o CDS-PP sempre foi muito claro e não fez jogo escondido, defendendo sempre as ligações às 9 ilhas dos Açores!
 Chegados a 2022 o CDS-PP está no Governo dos Açores, por vontade dos Açorianos, e contra o gosto de alguns! Estranho seria se nada fizesse para melhorar as acessibilidades aéreas nos Açores.
Só posso lamentar que haja uma elite que quer manter acesa a chama da discórdia entre as várias ilhas e tenho a firme certeza de que a maioria dos Micaelenses não se revê nesta guerra que ninguém quer nem vai comprar.
 É passado! Fez parte de um outro passado, aquele ao qual não se quer voltar!

* Deputado do CDS-PP na ALRAA

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