Turismo Rural com perspectivas animadoras para este ano
Diário dos Açores

Turismo Rural com perspectivas animadoras para este ano

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As Casas Açorianas não viveram tempos fáceis nos últimos dois anos, pela diminuição, em larga escala, dos mercados internacionais. Por isso, o mercado nacional foi a chave para a continuidade das unidades integradas nesta Associação de Turismo em Espaço Rural, que começa agora o caminho para a recuperação, embora com nuvens no horizonte, como diz Gilberto Vieira, presidente da entidade, numa entrevista à Turisver, que transcrevemos a seguir.

Nos últimos dois anos, o turismo dos Açores tornou-se mais dependente do mercado turístico do Continente. Essa situação está a ser positiva para as Casas Açorianas?
 O mercado nacional, talvez por um maior conhecimento e proximidade, foi muito importante na manutenção da atividade turística nos Açores, nestes dois anos extremamente difíceis. Essa opção dos nossos compatriotas de viajarem mais para o arquipélago foi importante, inclusivamente face à diminuição de mercados emergentes estrangeiros. As unidades nossas associadas acompanham esse sentido positivo do mercado nacional.

 O mercado internacional parece estar já com ligeira recuperação. Essa situação já se reflecte nas reservas antecipadas para o período de verão? Qual a vossa perspectiva para este ano?
As reservas, até agora, são animadoras. No entanto, tal como aconteceu com a pandemia, deparamo-nos agora com uma nova realidade totalmente inesperada, que é o caso da invasão da Ucrânia pela Rússia, um acontecimento com impacto mundial e cujas consequências são imprevisíveis. Mantemos o otimismo, mas, obviamente, algum receio para o que será o mercado turístico este ano, ao nível global e, obviamente, que os Açores não serão imunes a uma retração que paira no horizonte.

 A polémica com o Governo Regional, sobre o subsídio aos preços dos voos interilhas para os turistas, continua ou essa questão já está ultrapassada?
Esta é uma situação com argumentos válidos dos dois lados. Ou seja, é difícil explicar à população que os turistas podem viajar gratuitamente entre as ilhas e os locais terem de pagar esse serviço.
No entanto, o reencaminhamento de turistas para outras ilhas foi uma forma encontrada e usada com sucesso para atenuar as diferenças de número de voos e companhias a operar essencialmente para uma das gateways e possibilitar assim que o turista não se mantivesse apenas numa ilha, face aos custos acrescidos de, eventualmente, querer visitar outras, a partir da sua porta de entrada inicial.
A polémica mantem-se e as opiniões dividem-se. No caso das Casas Açorianas, com unidades associadas espalhadas pelo arquipélago, sobretudo no que diz respeito às ilhas de menor dimensão ou com menores acessibilidades, esse encaminhamento é fulcral.

A ATA e a SATA parece que estão de costas voltadas. As Casas Açoreanas fazem parte da ATA, como tal pergunto como é que têm acompanhado esta situação?    
Eu não definiria a situação como “de costas voltadas”. Existiram e existem algumas divergências no que aos meios de promoção dos Açores diz respeito, mas, tanto quanto sei, está-se a trabalhar numa aproximação de posições em que o desenvolvimento turístico e o crescimento dos Açores é o essencial.
 Na perspectiva da Associação, é necessária mais promoção? Especificamente, em que mercados: o nacional ou o internacional?
Sim, é necessário um reforço de promoção, criterioso e eficaz, junto de qualquer mercado com potencialidades de crescer para os Açores. Sempre prezámos o mercado nacional, que é essencial para a região, mas não podemos deixar de procurar outros mercados que existem à escala global.

O encontro das Casas Açorianas realizado no Pico, e o novo Guia publicado, vieram criar uma nova dinâmica na oferta do vosso produto. Como é que os players do mercado têm reagido a essas iniciativas?
Como é sabido, a promoção é uma tarefa nunca acabada para se ter êxito nos mercados turísticos. Temos tentado, com os poucos meios de que dispomos e com muita imaginação, manter viva a divulgação das nossas características. A resposta tem sido progressivamente positiva, por parte dos players e dos clientes individuais.

 As Casas Açorianas vão estar presentes na BTL, integradas no stand dos Açores. Vão ter algumas iniciativas próprias?
Sim. Vamos ter uma presença ativa na feira. No dia 18 pelas 15H30, no stand dos Açores apresentaremos uma breve explicação do conceito que aglutina as nossas casas, a que se segue a projeção de um pequeno filme, destacando todas as unidades associadas e imagens icónicas do arquipélago.
Durante todos os dias da feira as Casas Açorianas têm, no mesmo local, um módulo de negócios.

Nos dias do público vão fazer venda direta ou apostam apenas na divulgação e promoção?
Vamos tentar aproveitar a feira ao máximo, tanto nos dias reservados ao trade como naqueles em que a feira é aberta ao público. Neste caso, estaremos disponíveis em ações de divulgação e esclarecimento, mesmo ao nível das características e localização de cada unidade, se solicitado.
Nesse cenário, estaremos preparados para vendas diretas.

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