A Rússia, tem ponderado cessar-fogo e apoiar os refugiados ucranianos, que queiram sair do país, lembrando que é possível fazê-lo pelos corredores humanitários, criados por eles próprios. Mas afinal por onde é permitido sair, e qual o destino permitido? Será um destino seguro?
Deixem-mo nos de hipocrisias, sabemos bem que “todos os caminhos irão dar à Rússia”, mas será que os refugiados ucranianos terão tempo de reagir e pensar se o destino é ou não seguro, e qual será a verdadeira intenção do inimigo que entrou pelo país dentro e pelas suas casas a matar tudo e todos. Não, não existe tempo para pensar, quando o objetivo é manter-se vivo e continuar a proteger as suas famílias.
Já são 25 dias de guerra desmedida, onde temos assistido diariamente a uma tremenda tragédia civil.
Um ataque cruel às cidades, sem olhar a meios para atingir os objetivos de uma única pessoa.
Desaparecem diariamente escolas, museus, jardins, edifícios, mas são os hospitais e os profissionais de saúde que vivem constante com o medo de sofrerem ataques russos, e ao mesmo tempo não podem parar porque têm que garantir os cuidados necessários a todos os que lá surgem a pedir socorro. Será que estes profissionais têm mãos a medir, e qual será o sentimento destes profissionais, será que não têm vontade de fugir para o lado das suas famílias, ou por outro lado será que não têm os mesmos medos e direitos de fugir, por medo.
Ao longo de todo este tempo temos assistido a várias tentativas de cessar-fogo, que não se concretizaram, desde o fim de semana, destacando a distância aparentemente irreconciliável entre as posições da Ucrânia e da Rússia, que entram agora numa nova ronda de negociações de cessar-fogo.
Mais do mesmo, enquanto os políticos mundiais não tiverem a coragem de colocar Putin no sítio, não se pode olhar para uma guerra e achar que ela terá um fim.
O fim, muito infelizmente, não está a vista enquanto se mantiver a mesma atitude.
*Empresário/Economista