O Vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Furtado, garantiu que a cidade de Ponta Delgada tem espaços verdes em quantidade e qualidade ao nível das melhores cidades portuguesas, o mesmo acontecendo com as 24 freguesias do concelho.
O autarca falava no Fórum Participativo “Banho Verde”, que se realizou ontem no Jardim Botânico José do Canto, em parceria com a autarquia, no âmbito da palestra “Visão estratégica para os espaços verdes na cidade de Ponta Delgada”.
O Fórum contou com a presença de Isabel Albergaria, do Centro de Humanidades da Universidade dos Açores, e de Margarida Marques, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e surgiu no âmbito de uma dissertação de mestrado em Engenharia do Ambiente e no quadro de uma bolsa de investigação do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas de Nicol Martinho, aluna desta última academia, com a cooperação do Centro de Humanidades da universidade açoriana.
Ainda sobre a visão estratégica para os espaços verdes de Ponta Delgada, Pedro Furtado, salientou que o município de Ponta Delgada tem cerca de 57,21 hectares de áreas de jardins e espaços verdes, bem como inúmeras ruas arborizadas, contabilizando-se mais de 8.000 exemplares arbóreos.
Destacou ainda o trabalho desenvolvido pela equipa de jardineiros da autarquia, composta por 32 colaboradores, com competências de manutenção dos jardins históricos da cidade, nomeadamente, Jardim António Borges, a Alameda Duque de Bragança, o Jardim Antero de Quental e o Jardim do Alto da Mãe de Deus.
“O Jardim António Borges representa o mais importante espaço verde público da cidade de Ponta Delgada, sendo um dos melhores exemplares da Arte Paisagista Oitocentista, não só a nível nacional como também internacional” - acrescentou.
Destacou o Parque Urbano, com uma área de cerca de 23 hectares, de construção mais recente, mas que “está a conquistar um papel de relevo para a melhoria das condições de vida no concelho de Ponta Delgada. Como pulmão verde que é, importa garantir a sua existência como espaço verde de recreio e lazer”.
Para o Vice-presidente, “esta é uma questão estratégica para o Município, que segue um Plano de Gestão ambiental com vários objectivos traçados para um Desenvolvimento sustentável do concelho”.
Um dos objectivos é a melhoraria da qualidade do ar no concelho, através da plantação de árvores, indicando que durante os últimos dois anos foram plantadas 3.000 árvores.
Outro tem a ver com a melhoraria da biodiversidade através da plantação e sementeira de espécies melíferas, na salvaguarda das nossas abelhas, cujo risco de desaparecimento pode ser letal para o futuro da humanidade.
“É, assim, de notar que Ponta Delgada está atenta a este perigo e a actuar no sentido de eliminá-lo. A melhoria das condições dos espaços verdes é um forte contributo às condições de vida no Concelho, a par da criação de novos espaços de recreio e lazer, montagem de equipamentos infantis, equipamentos para actividades físicas ao ar livre, quiosques e esplanadas”, referiu.
Pedro Furtado disse, ainda, que “tudo isto permite-nos a promoção de actividades culturais, desportivas e lúdicas em jardins e espaços verdes, fazer a promoção turística dos jardins municipais e valorizar os nossos jardins históricos”.
No que respeita à dotação financeira para beneficiação de parques, jardins e espaços verdes, em 2021 foi de 577 mil euros e no ano em curso de 812 mil euros, o que, segundo o autarca, “revela uma aposta do município na manutenção e valorização das zonas verdes como importantes meios de garantia de sustentabilidade no ambiente da cidade e na saúde dos seus munícipes e visitantes nestes espaços lúdicos, de lazer e de actividades desportivas ao ar livre”.
Saliente-se que o fórum em questão conta com a participação de especialistas e investigadores, estando vocacionado para a capacitação específica e técnica do público-alvo.
Nesta acção, os participantes encontram oportunidade para a partilha de ideias sobre a importância dos espaços verdes urbanos, que depois poderão colocar em prática com os seus alunos em contexto escolar e/ou comunidade, contribuindo assim para uma maior aproximação dos jovens e restante população a estes espaços levando à valorização dos mesmos em prol da sustentabilidade urbana e incentivando a democracia participativa.