Festas do Senhor Santo Cristo  terminam amanhã
Diário dos Açores

Festas do Senhor Santo Cristo terminam amanhã

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O Cardeal Tolentino Mendonça, que presidiu às festas do Senhor Santo Cristo, comentou, na missa solene das festas,  o tempo de espera por um novo bispo diocesano .
“Este é um caminho belo que estais a fazer mesmo na sua ansiedade mas é o tempo do Advento, em que se vive na espera e esperar é já participar” disse.
“Confiemos na sabedoria do tempo, da escuta, de olhos postos no futuro, vendo como a Igreja dos Açores pode ser, florindo no futuro e ir com os grandes desafios que este século nos coloca”.
O cardeal agradeceu também “o triplo convite do Santuário, do querido padre Adriano Borges, e dizer que de facto os micaelenses quiseram esperar mas no meu coração mantive-me fiel a este desejo de vir até aqui celebrar esta fé convosco e aprender de vós a beleza de uma fé muito inteira e viva, que em Cristo tem a sua razão de ser. Parto com o meu coração confirmado pelo testemunho da vossa fé”, disse.
“Como ilhéu percebo muito bem a alma do povo açoriano, sinto-me um irmão muito próximo e sei o que significam estas festas para os daqui e para aqueles que são a maior parte de nós imigrados nas sete partidas do mundo. Parabéns a todos, por aquilo que fazem e aquilo que são. E lembrem-se jesus só nos pede coisas grandes!”.
No início da Eucaristia, falando aos romeiros, D. José Tolentino Mendonça, deixou votos de que, todos juntos, possam dar vida a “uma Igreja que caminha”.
“Também eu, vindo de Roma, desejei ser um de vós”, confessou.
Por sua vez, o cónego Adriano Borges, reitor do Santuário, saudou a possibilidade de voltar a celebrar estas festas com a presença dos peregrinos e as manifestações públicas de devoção, após dois anos de limitações impostas pela pandemia de Covid-19.
“Este ano temos muitas razões para dar graças”, referiu agradecendo ao Cardeal “a forma que nos permite a chegar a Deus”
“As suas palavras, o seu sorriso e o seu olhar são a transparência da bondade do seu coração”, disse.
Também no final da missa, o cónego Hélder Fonseca Mendes, administrador diocesano, agradeceu o “testemunho de fé” do cardeal Tolentino Mendonça.
“Estamos muito gratos pela sua presença, a sua disponibilidade”, acrescentou, deixando três intenções: que interceda pelo desfecho dos processos de canonização de alguns açorianos como a madre Teresa da Anunciada, promotora deste culto ou do patrono da diocese o beato João Baptista Machado; que ajude na escolha rápida de um novo bispo e que disponibilize o acesso às fontes do vaticano para que se escreva a história dos Açores, nos 500 anos da sua fundação, que se assinalam em 2034.
A celebração eucarística foi um dos pontos altos da festa do Senhor Santo Cristo, cuja imagem vai percorreu as ruas da cidade de Ponta Delgada, ao longo de várias horas, numa tradição secular na Região, este ano com uma chuva miudinha no final da procissão.
O percurso passou pelos antigos conventos da cidade e algumas igrejas paroquiais, percorrendo ruas cobertas de tapetes de flores. Após dois anos de limitações por causa da pandemia de Covid-19, a imagem do Senhor Santo Cristo saiu à rua com uma capa oferecida por um casal açoriano que vive nos Estados Unidos da América.
 

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