Machado Pires, um grande pensador e autonomista
Diário dos Açores

Machado Pires, um grande pensador e autonomista

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Causou imensa consternação nos Açores a morte do Professor Machado Pires, académico e pensador muito considerado, que se encontrava doente há algum tempo.
O presidente do Governo Regional dos Açores considerou que a região ficaram “mais pobres” com a morte do antigo reitor da academia açoriana, que recordou como “excelente pensador” e “autonomista”.
“Os Açores, o ensino superior, a Universidade dos Açores estão hoje mais pobres com o falecimento do professor Machado Pires, uma referência na docência, no pensamento, na intelectualidade, na sua pedagogia, enquanto professor, e na sua afirmação de prestígio da Universidade dos Açores, enquanto reitor”, afirmou o chefe do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, à margem das cerimónias do Dia de Portugal.
Natural de Angra do Heroísmo, António Machado Pires, antigo reitor da Universidade dos Açores, morreu aos 80 anos.
Para o presidente do Governo Regional dos Açores “fica a memória de uma pessoa boa, de um excelente pensador, de um autonomista e um empenhado no sucesso do desenvolvimento do ensino superior nos Açores”.
“Tenho enorme admiração pelo professor Machado Pires, preservo a memória da sua excelência e da sua qualidade, personalidade e da intelectualidade”, frisou.
António Machado Pires instalou oficialmente a Universidade dos Açores, anteriormente Instituto Universitário dos Açores, tendo sido reitor da academia açoriana entre 1982 e 1995.
Licenciado em Filologia Românica, foi assistente do escritor açoriano Vitorino Nemésio na Faculdade de Letras de Lisboa, universidade em que se formou.
Doutorou-se em História da Cultura Portuguesa na Universidade dos Açores, onde foi professor catedrático, e criou o primeiro mestrado da academia açoriana, em Literatura e Cultura Portuguesa.
Fundou a revista Arquipélago e o Seminário Internacional de Estudos Nemesianos, tendo promovido vários congressos sobre a obra de Vitorino Nemésio.
Assinou um convénio com a Universidade Federal de Santa Catarina, no Brasil, que o agraciou com uma medalha.
Recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem de Instrução Pública a Insígnia Autonómica de Reconhecimento.

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