Lista de Espera para Consulta no HDES subiu para 9 mil doentes
Diário dos Açores

Lista de Espera para Consulta no HDES subiu para 9 mil doentes

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A Lista de Espera para Consulta no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES) subiu de 8.293 para 9.029, ainda assim um valor abaixo de 2018 e 2020, segundo revela o HDES.
“É notório o enorme esforço que tem sido efetuado na Consulta Externa, com valores de Janeiro a Maio que estão acima de todos anos nos últimos 5 anos”, adianta aquele hospital, acrescentando que “isto revela bem a luta diária exigível para resolver os problemas de saúde da nossa população: neste momento, por cada 8 consultas realizadas no HDES, encontra-se uma consulta ainda em Lista de Espera”.
Oftalmologia, apesar do enorme volume de consultas realizadas, continua a ser a especialidade sob maior pressão na Lista de Espera, com 1.679 utentes a aguardar por consulta. Segue-se Dermato-Venereologia, com 1.027, Psiquiatria com 767 e Endocrinologia com 671.
“Acreditamos, cada vez mais, na enorme capacidade de resposta que temos, e que a sociedade espera de nós, e só podemos felicitar todos aqueles que diariamente contribuem, com o seu labor, para levarmos mais e melhor Saúde aos açorianos”, assegura o HDES.

O impacto da Covid no HDES

O HDES, numa análise ao impacto da Covid, revela que “neste ano (2022) assistimos, em apenas 6 meses, a 2 vagas! Podemos dizer que temos vindo a ser assolados por uma vaga diferente a cada 3-4 meses, assistindo-se a um número (absurdamente) significativo de reinfecções”.
E adianta: “Daí que a monitorização destas vagas é crucial para ajudarmos no Planeamento dos serviços, e impedir o colapso que uma doença destas pode provocar, rapidamente, no serviço de saúde”.
“Um Hospital, numa situação de pandemia, comporta-se como um organismo vivo. Por um lado, tem de fazer face ao “novo” vírus, que aumenta o número de ocorrências ao SU, e o número de internamentos, e por outro lado afecta também os nossos profissionais, que inseridos na comunidade obviamente ficam infectados, tal como a comunidade. Mas, ao mesmo tempo, um Hospital não pode cessar as suas actividades habituais, interrompê-las, suspendê-las, para se “dedicar” à COVID19, pois isto inexoravelmente implica custos em morbilidade e mortalidade, não-COVID19. Tal aconteceu no passado, e decerto muito do acréscimo de mortalidade que estamos a assistir resulta de uma gestão prévia da pandemia que, nos Hospitais e Centros de saúde, levou a uma espécie de “intervalo” - esclarece o HDES.
No HDES “temos “aberto” enfermarias COVID19 (quantas vezes exigindo ainda mais dos nossos trabalhadores exaustos) quando a evolução da curva epidémica aponta para essa necessidade, a breve prazo”.
Outras decisões- sublinha o HDES - muito mais difíceis, como seja a suspensão de visitas (e cumpre aqui ressalvar que a proibição de visitas em “serviços COVID19” não é deste ou daquele Conselho de Administração mas tão-só decorre de estarmos perante serviços com doentes em fase activa, de uma Doença de Notificação Obrigatória, com período estabelecido de confinamento obrigatório – logo, a obrigação de ausência de visitas decorre da Lei, e a quebra de confinamento está enquadrada – especificamente – no Código Penal) é feita também em defesa da necessidade de impedir que a sobrecarga dos serviços leve ao colapso, perante taxas de internamento muito elevadas, num contexto de taxas de incidência também elas altas, com as implicações que tal tem no aumento exponencial do risco de contaminação.
“Como é público, e notório, este Conselho de Administração tem optado por uma total transparência da informação epidemiológica, disponibilizando-a interna e externamente, sendo facilmente auditavel, e verificável. Por isso, aqui apresentamos o gráfico em anexo que documenta, desde o dia 1 de janeiro até 16 de junho, o número de internamentos total (linha cinzenta), o número de internamentos sem os destinados a cirurgia (linha laranja) e o número de internamentos com Covid (barras azuis). Verifica-se facilmente que à onda de internamentos COVID19 segue-se, com atraso de sensivelmente 2-4 semanas, um pico de internamentos não-COVID19, e um impacto na mortalidade que não será certamente desprezível”, conclui o HDES.

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