Diário dos Açores

Memórias de Macau V: Garcia Leandro

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Ao chegar a Macau tinha um certo temor do Governador, Garcia Leandro. Vimos atrás (cap. 3) o porquê do meu temor, pelo que se passara em Timor quando ele lá estivera como representante do MFA. O medo de encontrar Garcia Leandro apenas se consubstanciaria em fevº 78 no Colégio Santa Rosa de Lima, quando fui apresentar um programa, transmitido em direto pela TDM/ERM (de jazz japonês, 1º festival de Macau). Estava, calmamente à porta a fumar um cigarro quando entra Leandro “nós já nos conhecemos de Timor, não é?” Sinceramente pensei que na manhã seguinte me iam escoltar ao aeroporto de Kai Tak, Hong Kong, como era costume com indesejados. Apresentei o excecional programa de jazz (parece que muito bem a crer no artigo que se transcreve) e fui para casa, pensando que não iria completar outro ano de estadia em Macau.
Certamente, só eu lembrava o episódio e nada significava para ele, predestinado a voos altos, que os políticos nunca guardam memória de desaires. Foram infundados tais receios, Fiquei seis anos e conheci outros governadores (Melo Egídio 79-81 e Almeida e Costa 81-86). A relação com Leandro foi pacífica e nada a apontar. Curiosamente no 15º colóquio em 2011 (general na reserva) partilhou comigo o palco no Instituto Internacional de Macau numa sessão paralela dos Colóquios. Nem me reconheceu nem lhe lembrei o episódio.


*Jornalista, Membro Honorário Vitalício 297713
(Australian Journalists´ Association MEAA)

 

Chrys Chrystello*

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