Nova Reitora da UAç acusa Governo da República de não honrar compromissos
Diário dos Açores

Nova Reitora da UAç acusa Governo da República de não honrar compromissos

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A nova reitora da Universidade dos Açores, Susana Leal, considerou ontem que os “compromissos financeiros assumidos” pelo Governo da República, em 2020, com a academia, “continuam por honrar” e que a atual estabilidade financeira não dá “fôlego” à instituição.
“Os compromissos assumidos em 2020, pelo Governo da República, com o alto patrocínio do Governo dos Açores, continuam por honrar. Impõe-se a assinatura do contrato para a legislatura então acordado e a transferência anual de 1,2 milhões de euros durante quatro anos”, declarou Susana Leal, ontem investida como reitora da academia açoriana, no ‘campus’ de Ponta Delgada.
A reitora referiu que “acresce a insólita e injusta situação em que a Universidade dos Açores, como a da Madeira, tem encontrado no acesso aos fundos europeus”.
O acesso a fundos europeus está vedado à academia açoriana, por estar sedeada numa região autónoma, o que gera desigualdade em relação às suas congéneres, segundo a reitora.
Susana Leal disse que a “equidade nesta matéria está em vias de ser resposta, mas apenas parcialmente”, uma vez que o “prejuízo acumulado não tem retorno e o requisito de candidatura em copromoção não deixa de conferir menoridades às instituições insulares”.
A reitora defendeu um “regular e profícuo diálogo da Universidade dos Açores e as câmaras municipais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta em ordem à cooperação estreita, à partilha de sinergias e recursos e busca de soluções para os desafios e problemas locais”.
Defendeu ainda um “contributo empenhado e diligente” no relacionamento com os governos nacional e regional.
De acordo com a nova responsável, “a estabilidade financeira alcançada nos últimos anos dá alguma tranquilidade, mas não dá fôlego”, pelo que pediu compreensão para com as especificidades da academia açoriana.
João Luís Gaspar, que agora cessa funções como reitor, após oito anos no cargo, identificou as metas alcançadas, destacando o equilíbrio das contas e a reforma da estrutura orgânica, tendo salvaguardado que “não foi tarefa fácil explicar as especificidades” da Universidade dos Açores no contexto nacional.
O presidente do Conselho Geral da Universidade dos Açores, Elias Pereira, por seu turno, defendeu que “onde está a academia açoriana está a autonomia e onde está a autonomia está a universidade dos Açores, um sinalagma que é estrutural para a vida dos açorianos”.

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